segunda-feira, 17 de novembro de 2025

As palavras intemporais de Pedro Abrunhosa



Pedro Abrunhosa publica Vem Abrir a Porta à Noite, um livro que revisita três décadas de criação literária e musical, reconhecendo o autor como uma das vozes mais influentes da cultura portuguesa contemporânea. À semelhança de Cancioneiro, também editado pela chancela Contraponto, este novo volume é testemunho de um percurso que atravessa diferentes geografias e causas sociais que marcam as criações do «trovador do Porto».

Em Vem Abrir a Porta à Noite, Pedro Abrunhosa aprofunda a revolução iniciada com o emblemático álbum «Viagens», descrito por Lídia Jorge no prefácio como «amor em carne viva», que desafiou estereótipos e conferiu à palavra cantada uma dimensão sensível e visceral. Este livro evidencia a sensibilidade única e o pensamento do músico, apresentando letras que se tornaram bandeiras sociais e humanas, sem perder o rigor e a originalidade literária que sempre marcaram a sua carreira.

As vozes e as geografias que se cruzam nestas páginas refletem o papel de Pedro Abrunhosa como homem de causas que tocam e movem a sociedade, onde cada criação é celebrada como instrumento de reflexão e aprendizagem. A palavra é o ponto de partida e de chegada, elevando-se a hinos intemporais ouvidos e cantados por diferentes gerações.

Reconhecido como figura cimeira da música portuguesa e distinguido com múltiplos prémios de mérito cultural, Pedro Abrunhosa construiu uma carreira sólida, publicada internacionalmente. Vem Abrir a Porta à Noite convoca os leitores para uma viagem que transcende o tempo e afirma, com pleno direito, o talento de Pedro Abrunhosa enquanto senhor da palavra.

Vem Abrir a Porta à Noite chega às livrarias a 20 de novembro. 

Sobre o Autor

Pedro Abrunhosa, figura cimeira da música portuguesa, construiu uma sólida carreira ao longo de mais de quarenta anos, enraizada em diversas influências culturais e musicais. Aos 16 anos, mergulhou na música através de uma educação erudita estudando Análise, Composição e História da Música com Álvaro Salazar, Jorge Peixinho e Cândido Lima. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, integrou o Grupo de Música Contemporânea de Madrid. Ao trazer a sua formação erudita para o mundo do jazz, fundou e dirigiu a Escola de Jazz do Porto e a Cool Jazz Orchestra. 

Em 1994 cria os Bandemónio e edita o seu primeiro álbum, Viagens. Tem 13 discos editados, todos multiplatinados, e já deu mais de 2000 espetáculos em todo o mundo. Escreve para inúmeros intérpretes internacionais, como Maria Bethânia, Lucinda Williams, Ney Matogrosso ou Carla Bruni. Entre os vários prémios com que foi distinguido, contam-se duas Medalhas de Ouro de Mérito Cultural, a medalha de Honra da Cidade do Porto, o Prémio Bordalo de Imprensa, três Globos de Ouro e quatro Prémios Blitz.  

Em 2024 o disco Viagens foi eleito por um vasto júri de especialistas e pares, reunidos pela revista Blitz, como o «Melhor Álbum Nacional dos últimos 40 anos».  

A par da música, Pedro Abrunhosa assinou crónicas na imprensa e fundou o Ciclo de Conferências «Arte e Espiritualidade» na Fundação de Serralves. É frequentemente convidado como orador para palestras e debates do foro cultural.