A publicação de Cisnes Selvagens, em 1991, foi uma revelação para muitos ocidentais e transformou-se num fenómeno global, apesar de censurado na China.
Pela primeira vez, chegava ao Ocidente um relato pessoal, íntimo, comovente e esclarecido sobre os anos 50 e 60 na China. A história pessoal e épica de Jung Chang, da sua mãe e da sua avó – «três filhas da China» – foi publicada em 37 línguas e vendeu mais de 20 milhões de exemplares em todo o mundo.
Trinta e quatro anos depois, Jung Chang – que vive em Inglaterra há várias décadas, e que escreveu vários livros também presentes no catálogo da Quetzal – publica Voai, Cisnes Selvagens, a continuação da saga iniciada com esse seu primeiro livro, ilustrada com retratos da família da autora.
Esta é a história de várias gerações de mulheres que atravessam a China do século XX. Quase meio século depois, a China passou de um país pobre e de um Estado decrépito e isolado a uma potência mundial. Ao longo deste período, a vida de Jung esteve intimamente ligada à sua terra natal: «Acho que o meu coração talvez ainda esteja na China.»
Voai, Cisnes Selvagens atualiza a memória da autora e também a da China, que se encontra noutro momento decisivo da sua história, entre o regresso ao maoismo e os grandes avanços tecnológicos que fazem daquele país objeto da nossa curiosidade. Para Jung há esperança, apesar das ameaças: «A democracia não será derrotada pelo maoísmo, seja qual for a sua forma. Acredito nisso, do fundo do coração.»
Com tradução de Maria do Carmo Figueira, o muito aguardado Voai, Cisnes Selvagens chega às livrarias a 13 de novembro.
Sobre o Autor
Jung Chang nasceu na China, na província de Sichuan, na China, em 1952. Fez parte da Guarda Vermelha, trabalhou no campo, numa metalúrgica e como eletricista numa fábrica. Em 1978, obteve uma bolsa de estudos para a Universidade de York, na Inglaterra, onde vive até hoje. Atualmente leciona na Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres. O seu livro Cisnes Selvagens recebeu o NCR Book Award de 1992.
