quinta-feira, 21 de julho de 2022

5ª Edição Amadora Mostra nos Recreios da Amadora



A Mostra de Jovens Criadores de Teatro que visa o apoio a jovens que desenvolvem projetos na área do teatro e que têm dificuldade em ter à sua disposição espaços de acolhimento com condições técnicas e de divulgação que dignifiquem o seu trabalho, começa hoje, dia 21 de Julho e prolonga-se até ao próximo domingo, dia 24, nos Recreios da Amadora.

As peças a serem apresentadas nestes de Amadora Mostra são as seguintes:

JUÍZO FINAL
21 de julho às 21h

Sinopse
Carlos encontra-se a viver isolado no meio de uma floresta, quando cai de um penhasco e prepara-se para morrer, sozinho, sem qualquer tipo de assistência. Nesse momento, ouve-se uma voz do alto, que inicia uma conversa com Carlos, para incredulidade deste, apresentando-se como Deus. De início, Carlos ridiculariza tudo aquilo e pensa tratar-se de efeitos de abstinência provocados pela falta de droga que consumia até há pouco tempo, até se ter resolvido isolar do Mundo. No entanto, Deus acaba por oferecer a Carlos a possibilidade de o salvar, em troca da promessa por parte deste de que a voltará à sua vida normal a ponto de a refazer, e de resolver tudo o que está pendente: o restabelecimento da sua saúde sem mais vícios, a reconstrução todas as suas relações anteriormente por si destruídas, e a conquista do merecimento da segunda oportunidade à Vida. Durante toda essa conversa absolutamente catártica, num constante jogo de confiança e desconfiança, de fé e falta dela, da Vida e da Morte, várias questões são levantadas sobre o significado da Vida, a escolha à Morte, a importância do perdão, o direito à segunda oportunidade e a relação Deus-Homem. Contudo, no meio de tudo isto, estará sempre presente um dilema urgente a resolver: Viver ou Morrer, lutar pela Vida ou desistir dela. E a resposta estará sempre no livre-arbítrio…na fé, ou falta dela!

O CID
22 de julho às 21h 

Sinopse
Rodrigo e Ximena amam-se e querem casar-se. Mas depois de uma séria discussão entre os pais de ambos, Rodrigo vê-se obrigado a desafiar o pai de Ximena e mata-o em duelo. Agora é Ximena que tem de se vingar e corre ao rei para que condene Rodrigo à morte. Será que estes dois apaixonados conseguirão ficar juntos ou a honra mantê-los-á afastados para sempre? Uma comédia alucinante, a partir do clássico de Corneille, sobre duelos, amor e honra que está na origem da lenda do grande Cid.

SALA DE ESPERA
23 de julho às 21h 

Sinopse
Lisa Guenther escreveu que “a espera desvaloriza o presente ao mesmo tempo que o estende infinitamente”; Susan Pickard escreveu que ela “é um factor chave nas relações de poder; Pankhuri Agarwal escreveu que “a espera pode ser uma experiência de resistência e dissidência.” Beckett escreveu: “Nada a fazer”. 
Em Sala de Espera, as personagens - pacientes, funcionários e profissionais de saúde - exploram a sua relação com o tempo e o espaço, uns com os outros e consigo próprios, enquanto estão presos numa espera da qual não nunca vão sair. Levantam-se questões: quem é submetido à espera, e quem a impõe? Como nos transformamos enquanto esperamos? Como escapamos à espera? E se não pudermos escapar, como a podemos usar a nosso favor?

AMOR (IM)POSSÍVEL
24 de julho às 16h 

Sinopse
Ardor. Amor. Dor.
Princípio… Meio… Fim.
O amor não se encontra na partida nem na chegada, mas antes na travessia.
Como é que nos apaixonamos?

Nesta performance, exploramos o amor entre duas mulheres aliado ao tema da viagem. Encontros e desencontros entre duas pessoas que se vão conhecendo pelo caminho, receando a perda mas buscando sempre o impossível. Contra tudo e contra todos.

MAGDALENA 
24 de julho às 17h 

Sinopse
Dos gritos de descontentamento e das forças abstencionistas; dois atores partem de mochila às costas e percorrem lugares periféricos deste corpo chamado Portugal. Na sua caminhada encontram fragmentos de lugares votados ao esquecimento. Cruzam-se com as gentes desses lugares e acumulam na sua mochila as suas vozes nunca ouvidas, as suas estórias esquecidas e a força individual que constrói este Corpo. Invocando as pessoas e os lugares, o palco torna-se o lugar de manifestação.