quarta-feira, 18 de outubro de 2023

José Eduardo Agualusa escreve sobre a vida de Abel Chivukuvuku



As vidas (e mortes) de Abel Chivukuvuku – apontado com um dos candidatos à Presidência da República nas próximas eleições em Angola – quase se confundem com a história de Angola e são essas as duas histórias – a do homem e a do país – que José Eduardo Agualusa se propõe escrever no livro Vidas e Mortes de Abel Chivukuvuku. Uma Biografia de Angola, que chega na quinta-feira, 18 de outubro, às livrarias nacionais.

«Este livro nasceu de um conjunto de entrevistas a Abel Epalanga Chivukuvuku realizadas ao longo de três anos», contextualiza José Eduardo Agualusa, que se apresenta neste livro com um registo novo. «É a primeira vez que me atrevo a fazer algo assim», afirma o escritor em declarações ao Novo Jornal, em Luanda.

Vidas e Mortes de Abel Chivukuvuku é a história de um homem nascido a 11 de novembro, data da independência de Angola, que dedicou toda a sua vida ao combate pela democratização do seu país. Um homem que sobreviveu a tudo: duas quedas de avião durante a guerra civil, um atentado, uma terrível tentativa de linchamento, várias conspirações e ameaças, sem jamais perder a alegria pela vida e a capacidade de perdoar, de escutar o outro e de dialogar. A sua história é também a história de Angola, olhada a partir do Bailundo, no coração da nação ovimbundo.

Sobre o Autor

José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. É romancista, contista, cronista e autor de literatura para crianças. Os seus romances têm sido distinguidos com os mais prestigiados prémios literários, assim como os seus livros de contos e para crianças: o Grande Prémio de Conto APE, por exemplo, ou o Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian. Na área do romance, foi galardoado com o Grande Prémio de Literatura RTP (atribuído a Nação Crioula, em 1998) e com o Independent Foreign Fiction Prize (por O Vendedor de Passados, em 2004); Teoria Geral do Esquecimento recebeu o Prémio Fernando Namora, em 2013; foi finalista do Man Booker Prize, em 2016; e vencedor do International Dublin Literary Award (antigo IMPAC Dublin Award), em 2017. Mais recentemente, em 2022, José Eduardo Agualusa recebeu o Grande Prémio da Crónica e Dispersos Literários da Associação Portuguesa de Escritores/Câmara Municipal de Loulé pelo livro O Mais Belo Fim do Mundo. 
A sua obra está publicada na Quetzal e traduzida em mais de trinta línguas.