Apesar das tragédias, o mundo não termina. Caminhando entre a ficção e o ensaio, O Mais Belo Fim do Mundo, de José Eduardo Agualusa, divide-se entre crónicas, contos, notas diarísticas e divagações, escritos entre 2018 e 2021. Nestes anos, o que mudou no nosso mundo? Este livro é uma visita – em ficção e crónica – aos últimos anos da nossa vida. Chega às livrarias a 11 de novembro.
O que mudou na nossa vida, o que transformou – para o melhor e para o pior – o nosso mundo? Em O Mais Belo Fim do Mundo, os textos – anteriormente publicados na revista Visão, na Granta (edição portuguesa) e no jornal O Globo – refletem os tempos estranhos, convulsos e um tanto misteriosos que temos vivido, ao mesmo tempo que procuram lançar alguma luz sobre os dias que ainda não chegaram.
Há a memória de livros que despertam uma recordação, viagens interestelares, pastores no deserto, árvores, filmes e música, vidas de escritores, a memória da covid-19, cidades que não se esquecem, generais que não gostam de guerra, gatos, a presença de pessoas cuja vida dava para um romance, viagens que já são impossíveis, hipopótamos no mar, medos que esvoaçam como fantasmas. Sem grande preocupação de respeitar fronteiras, nesse limite entre a atualidade e o futuro, entre o passado e os tempos em que refletimos sobre ele.
Sobre o Autor
José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. É romancista, contista, cronista e autor de literatura infantil. Os seus romances têm sido distinguidos com os mais prestigiados prémios nacionais e estrangeiros, como, por exemplo, o Grande Prémio de Literatura RTP (atribuído a Nação Crioula, 1998); também os seus contos e livros infantis foram merecedores de prémios, como o Grande Prémio de Conto da APE e o Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian, respetivamente. O Vendedor de Passados ganhou o Independent Foreign Fiction Prize, em 2004, e, mais recentemente, o romance Teoria Geral do Esquecimento foi finalista do Man Booker Internacional, em 2016, e vencedor do International Dublin Literary Award (antigo IMPAC Dublin Award), em 2017. A partir de 2013, José Eduardo Agualusa começou a publicar a sua obra na Quetzal.