Madrinhas de Guerra, nova criação de Keli Freitas, estreia no Amphiteatro Chimico do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, da Universidade de Lisboa, de 25 a 28 de julho, no âmbito do ciclo Abril Abriu, do Teatro Nacional D. Maria II.
Com texto, direção e interpretação de Keli Freitas, Madrinhas de Guerra é um espetáculo construído a partir da figura destas mulheres que se dispuseram a consolar soldados por correspondência, durante a guerra colonial portuguesa em África.
Uma tragédia cómico-musical de super-heróis, um suspense de ficção científica realista, um documentário transfeminista dramático de invenção acerca da figura das madrinhas de guerra, o espetáculo investiga este capítulo específico da História recente de Portugal e especula se mudanças radicais na forma como é narrado são capazes de despertar novas perceções sobre o que conta.
Até que ponto o género atribuído a uma história pode determinar a nossa perceção sobre ela? É possível desafiar uma história tantas vezes contada a mudar de género narrativo?
Madrinhas de Guerra é o espetáculo que encerra o ciclo Abril Abriu, do Teatro Nacional D. Maria II, uma iniciativa composta por espetáculos, lançamentos de livros e uma exposição que, entre março e julho, refletiu sobre os valores e a história da democracia portuguesa, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. O ciclo Abril Abriu é desenvolvido em parceria com a Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril, a Câmara Municipal de Lisboa e a EGEAC.