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Este sábado, 27 de Julho, Alain Parroni marca presença via zoom para uma conversa com o público após a sessão das 21h00, no Cinema Fernando Lopes.
Na sua primeira longa-metragem, Parroni mergulha-nos na angústia geracional, situando-a numa dimensão sócio-cultural precisa. Manifestações do sonho inquieto de adolescentes, que adormecem com o smartphone na mão, num mundo ensurdecedor de televisão com o volume no máximo. Um retrato impiedoso da vida de muitos jovens, que vivem num eterno domingo, aborrecido, perigoso, sem rumo, sem segunda-feira à vista.
Um filme pós-moderno de amadurecimento, produzido por Wim Wenders, que ganhou o Prémio Especial do Júri na secção Orizzonti e o prémio FIPRESCI no Festival Internacional de Cinema de Veneza.
Três jovens, cada um tentando deixar um legado no mundo, vagueiam entre o campo costeiro e a cidade eterna (Roma) sempre ligados, enquanto enfrentam o avanço inexorável do tempo. Uma cadeia ininterrupta de situações, paradoxos e personagens sucede-se numa construção narrativa que se assemelha a um Bildungsroman não convencional. As experiências individuais de Alex, Brenda e Kevin não são uma sequência aleatória de aventuras, mas degraus na escada do processo de orientação, crescimento e amadurecimento. As aventuras sentimentais e a conquista da independência são o fio condutor das situações em que Kevin e Brenda se envolvem, agindo por instinto mas catalisando passo a passo a corrida em direcção ao grito de "EU EXISTO" de Alex.