O verão é normalmente uma época de viagens e deslocações, incluindo trajetos feitos de carro. A verdade é que existem algumas dúvidas sobre as precauções que devem ser tidas no que respeita à segurança quando se viaja de automóvel com os amigos de quatro patas. Por este motivo, a Tiendanimal, especialista em todo o tipo de produtos para animais de estimação, elaborou uma lista dos principais aspetos para maximizar a segurança e evitar infracções quando se viaja com eles.
"Quando viajamos com o nosso animal de carro, independentemente da sua espécie, devemos informar-nos previamente sobre a documentação, os sistemas de retenção e as obrigações que devemos cumprir por lei. Normalmente, há dois pontos-chave, um é o espaço em que o animal deve viajar e o outro é o sistema de retenção, que não deve pôr em perigo o seu bem-estar nem o dos outros passageiros", explica Marta Machado, Médica Veterinária e Coordenadora da Clinicanimal, clínicas da Tiendanimal.
Identificação e chip
A primeira recomendação é ter sempre à mão a documentação do animal, o seu registo sanitário atualizado e carimbado por um veterinário autorizado. Para viagens dentro da União Europeia, o Passaporte para Animais de Estimação deve estar disponível. Para além disso, tenha sempre um microchip, pois este ajudará em caso de identificação obrigatória e, sobretudo, em caso de perda.
Contenção e separador
Além disso, segundo o Decreto-Lei nº. 315/2003, o animal nunca deve estar solto, pelo contrário, deve estar seguro, pois pode causar incómodo ao condutor ou aos outros passageiros. Porém, deve ser transportado de forma apropriada ao seu bem-estar.
"O animal, por hábito, pode querer ir para onde está o seu dono e, se este estiver a conduzir, isso pode ser um problema. Além disso, há que ter em conta que, quando um animal é retirado da sua zona habitual, pode ficar perturbado; o animal pode ficar nervoso e, se não for devidamente contido, num ataque de pânico, pode saltar de uma janela ou fugir e ser atropelado", acrescenta a Médica Veterinária.
Os sistemas de contenção incluem transportadoras colocadas no chão do veículo ou na bagageira, devidamente presas e dependerão do tamanho e do tipo de animal. Para os animais pequenos, é normal uma transportadora no chão; se o animal for grande, é melhor colocar a transportadora na bagageira.
Para além do sistema de contenção, o separador ou grelha divisória é importante. As grelhas, colocadas na estrutura do automóvel, podem permitir que o animal se desloque sem incomodar o condutor. Para o efeito, Marta Machado aconselha a que a grelha seja utilizada durante a condução e nas pausas da viagem, caso contrário o animal pode sofrer lesões graves em caso de colisão. A ideia é combinar a transportadora com a grelha divisória.
Por último, o animal não deve, em caso algum, ser transportado solto, uma vez que tal implica a aplicação de coimas que podem variar entre 60 e 600 euros. Além disso, o veterinário deve ser consultado antes da viagem sobre a forma de evitar tonturas no animal e de o manter calmo. O animal nunca deve ser deixado no interior do veículo durante um período de tempo prolongado e nunca deve estar sob temperaturas elevadas. Por último, mas não menos importante, quando as portas ou a bagageira são abertas, os animais devem ser mantidos sob controlo, pois podem fugir e causar incidentes.