sexta-feira, 24 de outubro de 2025

O aguardado regresso de José Luís Peixoto



Quatro anos depois de Almoço de Domingo, José Luís Peixoto regressa ao romance com A Montanha, um livro poderoso sobre a fragilidade humana. Este é um romance habitado por homens e mulheres de várias idades, com origem em diversos contextos, de Moçambique à Venezuela, de Ponte de Lima a Oliveira de Azeméis, que têm em comum a sua condição de pacientes no Instituto Português de Oncologia do Porto. Chega às livrarias a 23 de outubro. A sessão de lançamento decorre no Auditório do Instituto de Oncologia do Porto, na quinta-feira, 23 de outubro, às 18h30.

Seis desconhecidos em silêncio. Jorge, Fátima, Alice, João, Daniel, Filipe. «Estão ali, na sala de espera do consultório da doutora e, por isso, sabem que estão doentes com cancro, ou estiveram, ou podem vir a estar. Esse é o incontornável que os aproxima, o cancro.» Um escritor viaja pelo mundo e, nesse turbilhão, tenta construir um romance com todas as histórias que lhe foram confiadas, até que o impensável acontece.

Do hiperrealismo, documental e autobiográfico, ao surrealismo, à alucinação e ao delírio, A Montanha é um romance de enorme ambição, que resgata momentos de profunda empatia e ternura, que revela o ser humano tanto na sua fragilidade como na sua máxima força.

Surpreendente nas múltiplas dimensões que propõe, este romance é um extraordinário tour de force literário, um marco muito alto na obra de um dos mais importantes escritores portugueses contemporâneos.

Sobre o Autor

José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974. É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra está traduzida em mais de trinta idiomas, é lida e estudada em dezenas de países. Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prémio Literário José Saramago ao romance Nenhum Olhar. Em 2007, Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. Com Livro, venceu o Prémio Libro d’Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu de 2012. Em 2016, com Galveias, recebeu no Brasil o Prémio Oceanos, alcançando o 1.º lugar entre todas as obras literárias publicadas em língua portuguesa do ano anterior. A sua escrita foi ainda finalista de prémios internacionais, como o Femina e o Prix des Lecteurs (França), o Impac Dublin (Irlanda) e o Prémio Literário Giuseppe Acerbi (Itália). Na poesia, A Criança em Ruínas recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores; o Prémio Daniel Faria foi atribuído ao livro Gaveta de Papéis; e Regresso a Casa obteve o Prémio Livro do Ano Bertrand. Dentro do Segredo – Uma viagem na Coreia do Norte e O Caminho Imperfeito, centrado na Tailândia, foram as suas primeiras incursões na literatura de viagens. As suas mais recentes obras são Almoço de Domingo (2021) e Onde – O Exemplo de Abrantes, Constância e Sardoal (2022).