sexta-feira, 24 de março de 2017

Luiz Caracol " Metade e Meia" ao vivo em Coimbra, dia 30 de Março


Três anos depois de “Devagar”, o seu disco de estreia a solo, “Metade e Meia” é o novíssimo álbum do cantautor português Luiz Caracol e o culminar de uma maturada viagem sonora, lírica e musical que se deve ao seu percurso a solo mas nunca solitário.

Fez centenas de concertos com Sara Tavares como artista convidado e colaborou também com nomes como Jorge Palma, Zeca Baleiro, Manecas Costa, Fernanda Abreu, Uxía ou Tito Paris.

Nascido em Portugal, mas gerado em Angola, Luiz Caracol sempre assumiu na sua música e nas suas letras um fortíssimo lado mestiço, em que a obra dos grandes cantautores portugueses (Sérgio Godinho, Fausto, Zeca…) encontra ecos em grandes nomes da canção brasileira (Caetano Veloso, Gilberto Gil, Lenine…), cabo-verdiana, angolana, moçambicana ou da Guiné-Bissau, assim como no funk, no rock ou no reggae.

“Metade e Meia” reflecte não só esta mestiçagem de Luiz Caracol e da sua música, como toda a mistura de influências que em si se encontram.

Neste segundo trabalho continuam a poder encontrar-se muitos destes elementos que o caracterizam e caracterizam a sua maneira de fazer música, em que as texturas e as sonoridades de uma Lisboa marítima, portuária e mulata se misturam com as palavras e as histórias de Luiz Caracol, assim como as de outros parceiros autorais como Zeca Baleiro, José Luís Peixoto, Fred Martins, Fernando Terra, Edu Mundo, Paulo Flores ou Biru (A.F. Diaphra).

Em estúdio, para a gravação do disco, estiveram com ele alguns novos cantores e autores luso-africanos que falam português e crioulo - Aline Frazão, Remna Schwarz (filho do lendário compositor guineense José Carlos Schwarz), Biru e o escritor José Luís Peixoto, que não canta mas dá voz a parte do seu poema “Tempo”, a faixa escondida do álbum). E músicos de enorme qualidade que, ao lado de Luiz Caracol (voz, guitarras, cavaquinhos, percussões, baixo, bandolim, kalimba, guitalele, glockenspiel, synth pad…) reflectem também uma diversidade de géneros assinalável: Ivo Costa (bateria), Miroca Paris (percussões), Carlos Lopes (acordeão), Ruca Rebordão (percussões), Diogo Santos (órgãos Hammond, Rhodes, Moog e Wurlitzer, piano e synth pad), Tomas Rosberg (guitarra eléctrica), Ciro Bertini (acordeão), Diogo Duque (trompete), Gonçalo Pimenta (loops), Paulo Soares (bulbul tarang) e Sandra Martins (violoncelo). E, nos coros, António (TC) Cruz, Ricardo Oliveira Alves, Patrícia Antunes e Patrícia Silveira.