Considerado o mais importante livro de Cesare Pavese, A Lua e as Fogueiras é o novo título da coleção Dois Mundos. Uma história feita de eclipses e incêndios interiores que não era publicada há quase vinte anos
Cesare Pavese, um dos mais importantes autores italianos do século xx, reflete na sua obra o impacto dos anos de fascismo e da II Guerra Mundial no seu país. Precisamente é disso exemplo A Lua e as Fogueiras, título há largos anos indisponível no mercado nacional, uma lacuna que a Livros do Brasil colmata nesta ocasião, apresentando uma nova tradução assinada por José Lima.
Publicado em 1950, apenas quatro meses antes do suicídio de Pavese, este relato na primeira pessoa é marcado por coincidências biográficas entre o protagonista e o próprio autor. Nele, um homem está de volta à sua terra natal para encontrar tudo diferente. Mas será que essa transformação provocada pela passagem do tempo é exclusivamente exterior, refletida apenas no cenário social ao seu redor, ou terá sido ele quem mais mudou?
Sinopse
Depois de vinte anos emigrado na América, um homem regressa à Itália da sua juventude. Percorre os caminhos da aldeia onde viveu ainda rapaz, atravessa os campos e descobre que à sua volta tudo mudou. Tudo menos a paisagem e Nuto, um velho amigo com quem gosta de falar do passado. Ao seu espírito acorrem as imagens de outros tempos, os primeiros amores, as primeiras experiências de vida, mas entretanto outros acontecimentos intervêm, já não recordações, mas a cega loucura do presente, outros fogos que não são já as fogueiras que os camponeses acendiam, mas incêndios provocados pela raiva ou pelo desespero. Romance que precede em poucos meses o suicídio do autor, em 1950, A Lua e as Fogueiras é uma história sobre a passagem do tempo, as cicatrizes que se acumulam no homem e, em contraponto, a impassibilidade da Natureza. Um texto que revela em pleno os talentos de Cesare Pavese.
PVP: 15,50€