segunda-feira, 1 de setembro de 2025

O derradeiro livro de Bruce Chatwin



Incontornável autor de culto, Bruce Chatwin é considerado um dos grandes nomes da literatura de viagens e com lugar de destaque na coleção Terra Incognita, da Quetzal Editores. O Que Faço Eu Aqui? é o seu derradeiro livro. Reúne uma coleção de preciosidades que marcam a forma como o autor via o mundo ou partia à procura de uma história. Uma coleção de ensaios, reportagens, entrevistas e escritos pessoais que refletem uma vida vivida com curiosidade, paixão e gosto pela viagem.  

Em qualquer lugar do mundo, a navegar pelo Volga ou à procura do «abominável homem das neves» nos Himalaias, Chatwin mostra curiosidade natural e faro para a aventura. Do autor de clássicos como Na Patagónia ou Canto Nómada, este livro é uma permanente descoberta. «O Que Faço Eu Aqui? (a questão que Rimbaud se colocou na Etiópia), por ser mais violento que tudo aquilo que Chatwin escreveu, diz-nos muito sobre ele — os seus interesses, os seus amigos e as suas paixões», nota Paul Theroux num artigo para o The Daily Telegraph.

«Não admira que Wyndham [o seu editor na The Sunday Times Magazine] tenha gostado tanto de ler Chatwin: a sua elegância é contagiante, o tom confidencial deixa um travo de desproteção e falsa ingenuidade, a curiosidade comove-nos», escreve Francisco José Viegas no texto introdutório da edição da Quetzal: «Depois deste livro o mundo mudou – não para melhor, necessariamente –, mas Chatwin deixou-nos um retrato que continua a comover-nos, para recordar aquilo que perdemos.»

Terra Incognita é o nome da coleção de literatura de viagem da Quetzal. Mais do que livros de viagens, com um formato especial, Terra Incognita reúne títulos e autores que desprezam a ideia de turismo e fazem da viagem um modo de conhecimento.

Sobre o Autor

Bruce Chatwin (1940-1989) é um dos mais aclamados escritores de literatura de viagens de sempre. Foi jornalista do Sunday Times Magazine durante vários anos, e a carta de demissão que mandou ao seu superior ficou célebre – nela lia-se simplesmente: «Fui para a Patagónia.» O seu livro mais conhecido é, justamente, Na Patagónia, um clássico da literatura contemporânea, relato de viagem e retrato da solidão dos grandes territórios do sul do mundo. A sua carreira literária foi curta (mais longa terá sido a de viajante), mas de enorme brilho. Os seus livros, entre os quais Na Patagónia, O Vice-Rei de Ajudá, O Que Faço Eu Aqui?, Utz, Anatomia da Errância, foram publicados pela Quetzal. 

Igor Guimarães apresenta “Benignismo” no Casino Estoril



Igor Guimarães actua, no dia 14 de setembro, a partir das 20 horas, no Casino Estoril. No âmbito da sua digressão europeia, o humorista brasileiro sobe ao palco do Salão Preto e Prata para apresentar o novo espectáculo de stand-up comedy “Benignismo”.

Com um estilo inconfundível, Igor Guimarães distingue-se, desde logo, pelas suas piadas rápidas, tiradas inusitadas e aquela voz marcante que conquista os risos do público. O humorista concilia o improviso com observações afiadas do quotidiano e, ainda, com algumas músicas da sua autoria num espectáculo que já conquistou inúmeras plateias.

Após um ciclo de quatro anos a apresentar no Brasil e, também, nos Estados Unidos o espectáculo “Benignismo”, segue-se, agora, um novo desafio profissional. Igor Guimarães desembarca pela primeira vez na Europa para iniciar uma digressão internacional que tem paragem obrigatório no Casino Estoril. 

Considerado um dos maiores nomes da stand-up comedy brasileira, Igor Guimarães ganhou notoriedade com a representação de várias personagens icónicas como, por exemplo, o Boneco Josias e o Advogado Paloma. O artista demonstrou, ainda, o seu talento em programas como “Pânico na Band”, “The Noite”, “Ratinho”, e na série “LOL” da Amazon Prime, além de hits como “Vem Chegando na Boate”.

Os lugares onde mortos e vivos se encontram



«À distância nem se percebe muito bem de que são feitas as paredes desta capela. Podia ser papel de parede texturizado. São feitas de ossos», mais especificamente de crânios, fémures e tíbias, explica Rafaela Ferraz, autora do mais marcante livro a chegar às livrarias na rentrée literária. Na linha do turismo insólito, ou negro, Portugal de Morte a Sul repousa nas prateleiras a partir de 4 de setembro.

A frase acima refere-se à Capela dos Ossos de Faro, mas poderia referir-se a tantas outras que existem pelo país fora, de norte a sul. «Os ossos para as capelas têm de vir de algum lado, não é verdade? E os esqueletos das coleções antropológicas? Santos que resistem à decomposição?» É para responder a estas e tantas outras perguntas que Rafaela Ferraz nos convida a enveredar por este guia de últimas viagens, que aborda a temática da morte de uma perspetiva ainda pouco explorada em Portugal: percorrendo cemitérios e igrejas, santuários e museus, locais públicos e semipúblicos que permitem que nos aproximemos dos que partem – e do seu cerimonial.

«Quando leio sobre a forma como eram utilizadas [as valas comuns], penso numa receita de pastelaria: depositava-se uma camada de cadáveres, com ou sem caixão, depois uma camada de terra bem calcada e, em seguida, outra camada de cadáveres», descreve a autora num roteiro que começa nos cemitérios e progride até aos museus, onde a morte também está presente, muitas vezes exposta em vitrinas. «Esta mania muito portuguesa de empilhar caixões em prateleiras dentro de um jazigo, cobertos apenas por um naperon, pode parecer bizarra a quem não partilha da mesma norma cultural». Cada espaço inspira uma reflexão e cada corpo protagoniza uma narrativa, convidando à contemplação da nossa própria mortalidade.»

Inusitado, original, inovador – Portugal de Morte a Sul abre as portas ao tema da morte de uma perspetiva ainda pouco explorada no nosso país.

Sobre a Autora

Rafaela Ferraz é escritora e investigadora independente. Licenciada em Criminologia e Mestre em Medicina Legal pela Universidade do Porto, é coautora do livro Death and Funeral Practices in Portugal (Routledge, 2022), uma obra pioneira que oferece uma visão abrangente sobre a evolução das práticas funerárias portuguesas.  O seu trabalho tem sido publicado em revistas estrangeiras e nacionais, como Atlas Obscura e Hyperallergic, nos EUA, History Today, no Reino Unido, e Shifter e Almanaque em Portugal.

Concerto da banda bielorrussa Bi-2 com Orquestra Sinfónica no Casino Estoril



A banda de rock alternativo Bi-2 apresenta-se, no dia 19 de setembro, pelas 20 horas, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril. Trata-se de um concerto especial do grupo bielorrusso que será acompanhado por uma Orquestra Sinfónica. Com um registo diferente, a banda Bi-2 convidará o público a viajar pelos principais êxitos da sua carreira, não esquecendo as melhores composições do álbum "Hallelujah".

Os espectadores poderão assistir a uma surpreendente combinação do poderoso e contagiante som de rock da banda com os majestosos arranjos sinfónicos da experiente orquestra. 

Os principais êxitos da banda Bi-2 irão adquirir uma nova sonoridade graças à mestria da orquestra. Com um espaço cénico inspirado num design gótico de cariz algo enigmático, a atmosfera do concerto convida o público a mergulhar na magia da música dos Bi-2, proporcionando uma noite repleta de emoções.

O projecto Bi-2 com uma orquestra existe há cerca de 20 anos, tendo sido lançados, durante estas duas décadas, quatro álbuns de estúdio em colaboração com algumas das mais prestigiadas orquestras internacionais. 

Com uma carreira iniciada, em 1985, em Babruisk, na Bielorrússia, a banda Bi 2 tem um percurso musical repleto de êxitos, tendo registado expressivas vendas e sucessos discográficos em vários países. A banda foi já distinguida com prestigiados galardões como, por exemplo, o MTV Russian Music Awards de Melhor Artista de Rock em 2007.

Ecos do Norte da Índia no Museu do Oriente



Herança de milénios e testemunho de uma das tradições musicais mais ricas do mundo, a música clássica indiana é fruto de linhagens ininterruptas de mestres e discípulos, onde o improviso convive com a mais rigorosa disciplina formal. O Auditório do Museu do Oriente recebe, no dia 13 de Setembro, às 19.00, o concerto Música Clássica Hindustani | Sitar, Violino e Tabla, a tradição do Norte da Índia, com a participação de quatro intérpretes internacionais: Srinivas Reddy (sitar), Stephen Bull (violino), Rajiv Bhatt (tabla) e Ajit Acharya (tabla).

Com raízes que remontam ao período do Império Mughal e ainda mais recuadas, aos tratados musicais em sânscrito, a música Hindustani é apresentada neste concerto em diálogo vivo, através de ragas tradicionais concebidos para a hora do espectáculo. A selecção de composições será intercalada por momentos de improvisação, num programa que traduz a natureza espiritual e contemplativa desta prática musical.



O quarteto de intérpretes alia experiência académica a carreiras de reconhecimento internacional. Srinivas Reddy, sitarista, tradutor e académico, é bolseiro Fulbright-Nehru no IIT Gandhinagar e autor de traduções de referência da literatura clássica indiana. Stephen Bull, violinista residente em Portugal desde 1995, desenvolve uma trajectória singular entre a música barroca europeia e a música indiana, que resultou na fundação do Grupo Luso Sangeet, que se especializa na utilização de textos de Camões, Pessoa e outros, para levar a música indiana ao público lusófono. Ajit Acharya, intérprete de tabla, alia uma carreira científica ao estudo aprofundado deste instrumento, com destaque para a sua versatilidade e investigação em torno das convergências musicais interculturais. Rajiv Bhatt, igualmente tocador de tabla, combina a sua actividade profissional no ensino e na consultoria com uma longa prática performativa, que se traduzem em convites para atuar em palcos e instituições de todo o mundo.

Integrado na programação paralela da exposição Foto Arte Ganesh, Música Clássica Hindustani | Sitar, Violino e Tabla é uma oportunidade rara de ouvir, em Lisboa, intérpretes que representam a vitalidade e sofisticação da música clássica indiana, num espectáculo que celebra a arte da escuta, improvisação e encontro entre culturas.

Concerto | Música Clássica Hindustani – Sitar, Violino e Tabla
Data: Sábado | 13 Setembro
Hora: 19.00
Local: Auditório do Museu do Oriente
Duração: 75 minutos, sem intervalo
Classificação etária: M/6 anos
Entrada: 20€ (descontos em vigor)

Vanya Usovich com nova stand-up “Last Concert” no Casino Estoril



O humorista Vanya Usovich apresenta-se, no dia 28 de outubro, pelas 19 horas, no Casino Estoril. No âmbito da sua tournée europeia, o jovem artista bielorrusso sobe ao palco do Salão Preto e Prata para protagonizar um novo espectáculo de stand-up comedy intitulado “Last Concert”.

Vanya Usovich sempre geriu cuidadosamente o seu nível de exposição mediática, surgindo raras vezes em público. O humorista focou-se na criação de espectáculos a solo, em versão stand-up comedy. Nos últimos anos, “One More Day” e “40Years Maximum” foram dois marcos importantes da sua carreira, tendo cada um já obtido dezenas de milhões de visualizações.

Fiel aos seus princípios, Vanya Usovich, afastou-se, uma vez mais, dos holofotes da comunicação social e dos seus fãs por um extenso período. Só depois deste hiato criativo é que o artista decidiu lançar uma nova digressão pela Europa com o seu terceiro especial de stand-up.