Depois da publicação de O Amor no Novo Milénio, em 2022, a Quetzal reforça a ligação com Can Xue, uma das vozes mais inovadoras da China atual, que figura há vários anos na lista para o Prémio Nobel de Literatura, e publica A Última Amante, romance originalmente lançado em 2005. Chega às livrarias nacionais a 25 de setembro, com tradução de Vasco Teles de Menezes.
Entrelaçadas em relações complicadas, muitas vezes tortuosas, as personagens de A Última Amante envolvem-se nas fantasias umas das outras, mantendo conversas que são «eternos jogos de adivinhação». As suas viagens revelam os reinos mais profundos do desejo humano. Em bares decadentes e ruas sinuosas da cidade, em desertos ou montanhas tingidas de neve, Can Xue cria um mundo extremo onde cada personagem tenta afastar a morte e o passado.
Neste extraordinário romance da maior escritora chinesa de hoje, há um conjunto completo de maridos, esposas e amantes. Uma magistral história de amores cruzados e intermináveis – cheia de ironia e de sonhos, numa busca desamparada e abandonada pelo amor.
Sobre a Autora
Can Xue, pseudónimo de Deng Xiaohua, nasceu em 1953, na província de Hunan, na China. Os seus pais conheceram as prisões políticas, antes e durante a Revolução Cultural, e Can Xue, que contraiu tuberculose na adolescência, pôde apenas frequentar o ensino básico. Descobriu a literatura como autodidata, estudando inglês e trabalhando, primeiro numa fábrica e depois num pequeno negócio de alfaiataria que montou com o marido na cidade natal de Changsha. Considerada uma das mais inovadoras vozes da literatura chinesa de hoje, Can Xue escreveu romances, contos e ensaios literários (sobretudo em torno dos seus autores de referência, Borges, Dante ou Calvino) e o seu nome esteve várias vezes presente nas listas de candidatos ao Nobel. Entre os seus livros figuram Diálogos no Paraíso (contos, 1988), A Última Amante e Fronteira (romances, de 2005 e 2008), além de O Amor no Novo Milénio, já publicado pela Quetzal. Can Xue vive em Pequim desde 2001.