Só o ser humano tem a perceção da inevitabilidade da morte. Perante esta consciência, a humanidade tem lidado de diferentes formas, mas com especial preferência pela tentativa de prolongar a vida ao máximo ou mesmo tentando viver para sempre. A investigação científica sobre o envelhecimento disparou e o interesse do público também. Em Porque Morremos, o cientista e Prémio Nobel da Química Venki Ramakrishnan expõe uma observação do entendimento atual e dos progressos científicos sobre o envelhecimento e a morte. A obra chega às livrarias a 18 de setembro.
Durante décadas, a pesquisa sobre o antienvelhecimento foi um tema menor para a comunidade científica, que a considerava demasiado fantasiosa e irrealista. Porém, nos últimos anos, os progressos da biologia ensinaram-nos bastante sobre o modo como envelhecemos e sobre o porquê de morrermos. Poderá esse conhecimento ajudar-nos a inverter a marcha do relógio?
Nos últimos 150 anos a esperança média de vida duplicou, mas o envelhecimento continua a despertar inquietação. «Às vezes parece que a vida é como estarmos limitados a uma porção cada vez mais reduzida da casa, com portas de salas que gostávamos de explorar a trancarem-se lentamente à medida que envelhecemos. É natural que se pergunte até que ponto será a ciência capaz de as reabrir», escreve o autor na introdução.
Nesta obra, o cientista vencedor do Prémio Nobel Venki Ramakrishnan apresenta-nos as descobertas mais recentes sobre o envelhecimento e investiga a multimilionária indústria do antienvelhecimento, para separar os factos da ficção na moderna procura da imortalidade.
Porque Morremos chega hoje às livrarias.
Sobre o Autor
Venki Ramakrishnan foi um dos laureados com o Nobel da Química de 2009 pela descoberta da estrutura do ribossoma. Venki nasceu e cresceu na Índia, onde se formou em Física. Aos 19 anos partiu para os Estados Unidos para um doutoramento em Física, mas não tardou a interessar-se mais por Biologia. Passou quase três décadas nos EUA antes de se mudar para Inglaterra em 1999, para trabalhar no MRC Laboratory of Molecular Biology, em Cambridge, que hoje dirige. Membro da National Academy of Sciences dos Estados Unidos, galardoado com o Louis-Jeantet Prize for Medicine, foi presidente da Royal Society entre 2015 e 2020. É autor de Gene Machine (2018), uma memória da investigação que lhe valeu o Nobel.