A recepção de obras originais para a 17ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís expira no próximo dia 31, de acordo com o respectivo regulamento. Em homenagem à grande escritora, a Estoril Sol mantém, assim, esta relevante iniciativa cultural em busca de novos talentos. Trata-se de uma oportunidade irrecusável para todos os candidatos a escritores. O júri será presidido por Guilherme D ‘Oliveira Martins.
Recorde-se que a Estoril Sol aboliu, desde 2016, a norma que impunha o limite dos 35 anos de idade para os concorrentes, o que alargou o âmbito do concurso. No entanto, mantém-se a obrigatoriedade do romance concorrente ser inédito, e de autor português, “sem qualquer obra publicada no género”.
O romance vencedor do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, em 2023, foi “Aqui Onde Canto e Ardo”, de Francisco Mota Saraiva. O júri escreveu em acta que este romance “é a saga de uma família que a história portuguesa do século XX fez existir entre três continentes, Ásia - Índia, África – Moçambique, Europa – Portugal. A diversidade imaginária desses três mundos é dada através de narrativas da memória de algumas das principais figuras da família. Nelas se recordam diferenças promotoras de violências diversas, das dores e angústias do poder sobre todas as suas formas”.
O Júri, além de Guilherme D`Oliveira Martins, que preside, em representação do CNC – Centro Nacional de Cultura, integra, ainda, José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Ana Paula Laborinho, Liberto Cruz e José Carlos de Vasconcelos, convidados a título individual e, ainda, Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol.
Com o valor pecuniário de 10 mil euros, a 17ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, nos termos do Regulamento, será publicado pela Editora Gradiva, que mantém uma parceria com a Estoril Sol, desde o início deste projecto.