A Dom Quixote edita na próxima terça-feira, 11 de junho, "Colditz – Os Prisioneiros do Castelo", o mais recente livro do historiador britânico Ben Macintyre, a história da mais infame das prisões nazis, a Alcatraz do III Reich, aquela que Goering disse ser à prova de fuga, o que se revelaria uma falácia.
Neste inexpugnável castelo gótico, no topo de uma colina no coração da Alemanha nazi, situado perto da cidade de Leipzig, um bando improvável de oficiais britânicos passou a II Guerra Mundial a planear fugir dos captores alemães. É assim que a lenda de Colditz é contada, sem contestação, há 70 anos. A verdadeira história, contada agora pelo historiador britânico, revela um notável elenco de personagens, desde oficiais superiores e seus sofridos ajudantes de campo até um médico indiano que faz greves de fome e uma dona de casa polaca que se torna agente secreta.
Porque se houve extraordinárias fugas de Colditz, plenas de coragem e heróismo, com os prisioneiros a vestirem roupas de mulher e perucas louras, a escavar túneis e a construir planadores, houve racismo, antisemitismo, falta de solidarieade e traição, corrupção e a criação de um sistema social igual ao que dominava a Grã-Bretanha nesse período, com os presos a criarem um sistema de senhores e criados. Como o heroico Douglas Bader, o lendário aviador da II Guerra, que continuou a voar com próteses, mesmo depois de perder as duas pernas em combate. Macintyre descreve-o como um "monstro" e conta que chegou a impedir que o oficial que o carregava às costas saísse da prisão numa troca de prisioneiros.
"Colditz era uma réplica em miniatura da sociedade pré-II Guerra Mundial, mas mais estranha. Era uma comunidade muito unida, intensamente dividida em torno de questões de classe, política, sexualidade e raça. Além dos corajosos guerreiros, entre os participantes no drama de Colditz contavam-se comunistas, cientistas, homossexuais, mulheres, estetas, aristocratas, espiões, operários, poetas e traidores. Muitos deles foram até agora excluídos da História porque não se encaixavam no molde tradicional do oficial aliado branco do sexo masculino que estava empenhado em fugir."
Macintyre traça um novo e vívido retrato dos prisioneiros e dos seus captores alemães, que viveram lado a lado durante anos num épico jogo do gato e do rato.
Sobre o Autor
Jornalista e historiador britânico, Ben Macintyre escreve no jornal Times, depois de ter sido correspondente do jornal em Nova Iorque, Paris e Washington. É autor dos best-sellers O Espião e o Traidor, Um Espião Entre Amigos, Jogo Duplo, Operação Secreta e SAS – Heróis Fora da Lei, entre outros. Macintyre tem ainda adaptado e apresentado documentários dos seus livros para a BBC.