sexta-feira, 27 de abril de 2018

Carlos Mendes - A Festa da Vida


Há cinquenta anos, em 1968...

...os Beatles editavam o seu álbum branco e Paul McCartney passava férias no Algarve, enquanto os Sheiks cumpriam uma residência no Casino Estoril. Na América Martin Luther King era assassinado, nascia o Big Mac, começava a guerra do Vietnam e em França acontecia, o Maio de 68, que havia de mudar para sempre o curso da história.

Em Portugal, Salazar caía da cadeira fazendo com que Marcelo Caetano fosse nomeado primeiro-ministro, Eusébio ganhava a Bota de Ouro, Portugal vencia o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins e Carlos Mendes ganhava, pela primeira vez, o Festival da Canção com o tema ‘Verão’.

O cantor celebra assim 50 anos de uma carreira recheada de sucesso e bons momentos.

Vários dos seus discos foram considerados como os melhores do ano, na categoria de música infantil – 'Jardim Jaleco', 'Natal do Pai Natal', apenas como exemplo e, noutro registo, temas emblemáticos como 'Alcácer Que Vier', 'Ruas da Minha Cidade' ou ' Amélia dos Olhos Doces' são marcos importantes na história da música popular portuguesa.

Carlos Mendes, venceu em 1972, pela segunda vez, o Festival da Canção com o tema 'A Festa da Vida'. Participou como autor em vários programas televisivos, tendo sido responsável pela criação e apresentação do talk-show 'Falas Tu ou Falo Eu', destacando-se, também, pela sua atividade no canto lírico, no qual tem vindo a especializar-se enquanto cantor e professor.

Com um total de vinte discos gravados, Carlos Mendes recebeu, em 2014, a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores, na cerimónia 'O homem, o músico e o cantor', onde o seu percurso mereceu os melhores elogios e aplausos.


E é um pequeno resumo desse percurso de meio-século que Carlos Mendes recupera agora, ao editar o álbum ‘A Festa da Vida’, onde revisita, à base de voz e piano, alguns dos seus temas mais emblemáticos, como é o caso de ‘Ruas de Lisboa’, ‘Alcácer que Vier’, ‘Siripipi de Benguela’, ‘Vagabundo do Mar’ ou o incontornável ‘Amélia dos Olhos Doces’.