Christiane Jatahy, autora, encenadora e realizadora brasileira, é a Artista na Cidade de 2018. Nos primeiros três fins de semana de Maio traz, à Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II, três espetáculos apresentados pela primeira vez enquanto trilogia: Julia, E se elas fossem para Moscou? e A floresta que anda.
Julia, em cena de 4 a 6 de Maio, é o primeiro dos espetáculos, numa adaptação de Menina Júlia, de August Strindberg. Com cenas pré-filmadas e cenas filmadas no momento, o filme é construído na presença do público e o teatro transforma-se em cinema ao vivo. Entre o que pode ser visto e o que só pode ser entrevisto na presença real do ator e no enquadramento dos detalhes do cinema.
E se elas fossem para Moscou?, a partir de As três irmãs de Anton Tchekhov, é o segundo capítulo desta trilogia, apresentando-se de 11 a 13 de Maio. Um espetáculo com duas versões: uma apresentada num contexto teatral; outra, numa sala distinta, onde se exibe a versão filmada e editada, em direto, do mesmo espetáculo. O público é convidado a assistir às duas versões no mesmo dia.
Finalmente, A floresta que anda, em estreia nacional, encerra as apresentações de Christiane Jatahy no D. Maria II, no fim de semana de 18 a 20 de Maio. Inspirado em Macbeth, de Shakespeare, este espetáculo apresenta histórias de quatro jovens que viram a sua vida atravessada pelo sistema político, económico e social que se vive no Brasil e no mundo na atualidade.
Paralelamente, Christiane Jatahy lecionará o workshop Relação. Reação. Criação., entre os dias 7 e 9 de Maio, um espaço de trabalho em que a artista levará os participantes a explorar a sua linguagem própria. A 20 de Maio, no Salão Nobre, lança o livro Fronteiras invisíveis: diálogos para a criação de A floresta que anda.
Enquanto Artista na Cidade de 2018, Christiane Jatahy estará presente em vários outros espaços da cidade de Lisboa até ao final do ano, como o São Luiz Teatro Municipal, o Cinema Ideal, o Cinema São Jorge, o Museu de Lisboa e a Cinemateca Portuguesa.