No dia 7 de maio, às 18 horas, a primeira edição da iniciativa Ler em Viana, no Centro Cultural de Viana do Castelo, é o palco para a cerimónia de entrega do Prémio Literário Luís Miguel Rocha. Bruno Paixão foi o vencedor desta segunda edição, promovida pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, com o apoio da Porto Editora. Os imperfeitos, obra que apresentou sob o pseudónimo Salomé Boaz, foi a selecionada entre os mais de 70 trabalhos a concurso.
Bruno Paixão nasceu em Coimbra, em novembro de 1975. Professor do Ensino Superior, é doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de Coimbra. É investigador integrado do ICNOVA (Universidade Nova de Lisboa) e do CEIS20 (Universidade de Coimbra). Autor com vasta produção nos campos académico e técnico, tem em Os imperfeitos a sua primeira incursão na ficção.
O premiado assume que foi "surpreendido pela notícia, que recebeu com grande felicidade" e revela alguns detalhes sobre a obra: "este livro é, de certa forma, um livro de sonhos e utopias, exposto ao realismo mágico, que repara nas coisas mais vulgares e pueris e converte-as em enormezas, que procura o bizarro que há em nós. É um romance que poderia também ser uma novela, que procura ser uma metáfora social, refletindo, num espaço fantasiado, um retrato do mundo atual – vivendo de perceções. Expõe as fraquezas da justiça, a política como um jogo viciado, e o espaço conjugal como um campo de sonhos e de necessidades."
Recorde-se que o livro Crónica Menor de Robim da Flândria, de Mário Silva Carvalho, foi o vencedor da edição inaugural deste prémio, tendo sido publicado em junho de 2021 com o título Robim de Campanhã – Um patife sedutor.
O Prémio Luís Miguel Rocha foi instituído pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, em colaboração com a Porto Editora, como homenagem a este autor, procurando incentivar a criatividade literária e estimulando a produção de obras originais de escritores de língua portuguesa.
Luís Miguel Rocha nasceu no Porto, mas viveu quase sempre Viana do Castelo, onde fez os seus estudos no ensino básico e secundário, e desde cedo se dedicou em exclusivo à escrita, tendo publicado seis títulos que se encontram traduzidos em mais de 30 países. Uma das suas obras, O Último Papa, figurou no top do The New York Times e vendeu meio milhão de exemplares em todo o mundo. Morreu há 7 anos, a 26 de março de 2015, em Viana do Castelo.