quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Aproxima-se uma revolução



Em 2019 e 2020, o mundo da ciência foi abalado por duas bombas. Dois grupos, a Google e o Instituto de Inovação Quântica da Academia Chinesa de Ciências, anunciaram ter alcançado a supremacia quântica, o lendário ponto no qual um tipo de computador completamente novo conseguiria superar de forma decisiva um supercomputador digital comum em tarefas específicas. A Google, comparando este momento ao lançamento do Sputnik ou ao primeiro voo dos irmãos Wright, revelou que o seu computador quântico conseguiria resolver em 200 segundos um problema matemático que demoraria 10 000 anos a resolver no supercomputador mais rápido do mundo. Por seu lado, o Instituto de Inovação alegou que o seu computador quântico era cem biliões de vezes mais veloz do que um supercomputador comum.

No novo livro do incomparável cientista Michio Kaku, Supremacia Quântica, é possível conhecer a revolução da computação quântica que mudará o mundo. Mas o que torna estas máquinas tão potentes ao ponto de lançar as nações do mundo numa corrida para dominar a nova tecnologia? Este supercomputador vem substituir a sequência dos 0s e 1s em que se baseia a informação digital por estados de átomos. E qual é, na verdade, o seu potencial? Saber exatamente qual foi, afinal, a origem da vida, uma questão que dominou, como nenhuma outra, as discussões religiosas, filosóficas e científicas. Desvendar o segredo da fotossíntese, possibilitando o aumento da produção das colheitas para alimentar um planeta esfomeado. Acelerar a transição para um futuro de energia sem carbono e travar o aquecimento global. Decifrar o sistema imunitário para se encontrarem formas de defesa contra os vírus e algumas das grandes doenças incuráveis, como certas formas de cancro, as doenças de Alzheimer, Parkinson e ELA.

E serão as máquinas capazes de pensar? Esta foi a pergunta que dominou a histórica conferência de Dartmouth em 1956 num campo totalmente novo da ciência, a inteligência artificial. A fusão da IA com computadores quânticos pode vir a revolucionar todos os ramos da ciência, alterar o nosso estilo de vida e modificar de forma radical a economia. E a demanda da imortalidade? Ao analisar as montanhas de bases de dados genéticos sobre o envelhecimento, e identificando a base molecular da própria vida, talvez seja possível utilizar os computadores quânticos para resolver o problema do envelhecimento. Na verdade, estes computadores poderão criar dois tipos de imortalidade, a biológica e a digital.

O fim da era do silício e da era digital, a ascensão do quantum, a simulação do universo e a previsão de um dia em 2050. Michio Kaku abre as portas a uma nova forma de vida no planeta e apresenta as mudanças que a computação quântica pode criar naquele que será um momento de viragem tecnológica.

A partir de hoje nas livrarias nacionais.