terça-feira, 19 de setembro de 2023

O regresso de uma obra incontornável que atravessa gerações



«Querida Marta (…), faz hoje um ano que tu… Não sou capaz ainda de dizer a palavra. Se calhar, é porque não acredito que já não estás aqui comigo. É tão difícil acreditar!»

Da consagrada Maria Teresa Maia Gonzalez, a Bertrand Editora publica um clássico da literatura juvenil portuguesa que se encontra esgotado há vários anos, e que continua a encantar leitores não apenas em Portugal, mas também no estrangeiro. Publicado originalmente em 1994 e com milhares de livros vendidos, «A Lua de Joana» regressa às livrarias a 28 de setembro.

Explorando a dor, a incerteza e a solidão num processo de luto de uma rapariga adolescente, «A Lua de Joana» tornou-se uma obra incontornável que atravessa gerações, mantendo a atualidade sobre o que é ser adolescente, estar só e não conhecer o seu próprio caminho.

Esta obra intemporal que interpreta magistralmente o universo dos jovens acompanha a história de Joana, que acaba de perder Marta, a sua melhor amiga, vítima de uma overdose… Mas Joana não sabe como lidar com o acontecimento e, então, resolve escrever-lhe, como se fosse um diário.

Entre o conforto material em casa e uma família ausente, o que faz Joana quando não está ninguém em casa?

Sobre a Autora

Maria Teresa Maia Gonzalez nasceu em Coimbra, em 1958. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas – Variante de Estudos Franceses e Ingleses – pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Vive em Lisboa e tem como passatempo a pintura.

Foi professora de Português, Inglês e Francês, no ensino particular e público, entre 1982 e 1997, em Alverca do Ribatejo, Manique e Lisboa. 
Muito cedo sentiu despertar o gosto pelas histórias ouvidas e lidas em família. Por volta dos nove anos, começou a sentir o gosto pela escrita, escrevendo poemas e histórias com regularidade. Iniciou a sua carreira na escrita em 1989, quando ainda era professora. Recebeu o Prémio Verbo-Semanário, juntamente com Maria do Rosário Pedreira, pelo livro O Clube das Chaves Entra em Ação, em 1989. 

Da sua obra constam sobretudo romances juvenis, sendo também da sua autoria histórias infantis, fábulas, poesia, contos, crónicas, ficção para adultos e uma coleção juvenil de peças de teatro. São temáticas recorrentes nos seus livros os direitos das crianças e dos adolescentes, a espiritualidade e os problemas da adolescência, nomeadamente, a solidão, as perdas, a depressão, os conflitos familiares, as dependências químicas, a violência em meio escolar, a violência doméstica, a sexualidade e a afetividade. Vê o livro destinado aos mais novos como veículo promotor dos valores humanos, sobretudo o respeito pelo indivíduo e pela natureza, a paz, a saúde, a harmoniosa convivência entre gerações e culturas diversas, e a espiritualidade. 

Do seu livro mais conhecido, A Lua de Joana (traduzido e publicado em cinco países: Albânia, Alemanha, Bulgária, China e Espanha), foi feita uma adaptação para teatro levada à cena pelo grupo Artyaplausos, em Lisboa e noutras cidades do país, em 2007, 2008 e 2009. Em abril de 2013, deu origem a uma adaptação teatral pela Companhia Grupo Jovem do Teatro de Carnide, no Festival Aplauso. Em outubro de 2016, deu origem a uma nova versão teatral, pela Companhia de Teatro Umbigo, em Lisboa, a qual voltou a representar a mesma peça em 2017 e em 2018 (Teatro de Carnide e Teatro da Malaposta). Foram, também, adaptados para teatro, por diversas companhias teatrais, vários livros. 

Da coleção «O Clube das Chaves», de que é coautora, foi feita uma adaptação para uma séria televisiva com o mesmo título, exibida num canal de televisão nacional e também num estrangeiro (Canal Panda). Muitos excertos dos livros da autora constam de manuais escolares para os vários níveis de ensino, sobretudo dos 2º e 3º Ciclos. Desde 1990 até à presente data, visita regularmente bibliotecas, bem como escolas públicas e privadas, onde as suas obras são usadas com objetivos pedagógicos, nos vários níveis de ensino. Estes encontros têm-se revelado muito frutuosos, sobretudo no que se refere à promoção da leitura, e constituem grande fonte de inspiração para a autora.