terça-feira, 12 de setembro de 2023

Centenário do nascimento de Natália Correia celebra-se amanhã



A 13 de setembro, assinala-se o centenário de Natália Correia. Nascida nos Açores, Natália foi uma das mais carismáticas e fascinantes figuras da cultura nacional.

Em março deste ano, 30 anos depois da morte da poetisa, a Contraponto publicou O Dever de Deslumbrar – Biografia de Natália Correia, de Filipa Martins, o quinto volume da coleção de Biografias de Grandes Figuras da Cultura Portuguesa Contemporânea. Já em terceira edição, o exaustivo trabalho de Filipa Martins tem sido considerado um dos livros do ano.

A narrativa começa precisamente com o nascimento da poetisa. «Com o oceano ao largo, atiçado pelas marés vivas de setembro, uma mulher de pele de mármore entrou em trabalho de parto no primeiro andar do número 41 da Rua Direita, na Fajã de Baixo. Ao repique das sete e meia, com o Sol no poente, nasceu a criança, uma menina. E tal bocarra abriu, irrigando as artérias da face, que a mãe viu nela a urgência do perpétuo nascimento – chamou-lhe Natália.»

Sobre a Autora

Filipa Martins nasceu em Lisboa, em 1983, e é uma premiada escritora, romancista e argumentista. Recebeu o Prémio Revelação, na categoria de Ficção, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), com Elogio do Passeio Público, o seu primeiro romance. Obteve ainda o Prémio Jovens Criadores do Clube Português de Artes e Ideias com «Esteira». Em 2009, publicou o seu segundo romance, Quanta Terra. Em 2014, saiu pela Quetzal o seu terceiro romance, Mustang Branco, a que se seguiu, com a mesma chancela, Na Memória dos Rouxinóis (2018), Prémio Manuel de Boaventura. Finalista dos Prémios Sophia, da Academia Portuguesa de Cinema, dedicou-se – nos últimos seis anos – a estudar a vida e a obra de Natália Correia, tendo sido coautora de um documentário e coargumentista de uma série de televisão sobre esta escritora açoriana.