Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:
Ride - Na Onda
Jackie (Helen Hunt) tem alguns problemas de relacionamento com Angelo (Brenton Thwaites), o seu filho adolescente. O facto de ele se interessar quase obsessivamente pelo surf e cada vez menos pela escola é algo que causa constantes atritos entre ambos. Certo dia, ela percebe que ele – sem qualquer aviso – abandonou tudo e partiu para a Califórnia, totalmente decidido a mudar de vida e dedicar-se exclusivamente ao surf. Desprevenida e frustrada com aquela decisão, ela decide deixar Nova Iorque e ir o seu encontro. E será lá que, num esforço de recriar laços com o filho, Jackie acaba por perceber a beleza daquele desporto e a forma de vida dos seus praticantes. E, a meio caminho, ainda haverá tempo de encontrar o amor.
Um filme sobre encontros e reencontros que conta com realização e argumento da realizadora e actriz Helen Hunt (“Até que Me Encontrou”).
Outcast - O Último Templário
China, século X. Gallain é um guerreiro de feitos lendários que hoje vive atormentado pelos crimes do passado. No seu percurso em busca de redenção, encontra o filho mais novo do imperador, que precisa de ajuda para recuperar o trono usurpado pelo irmão que, sedento de poder, assassinou o próprio pai. Apesar de relutante em sair do seu exílio, o misterioso guerreiro alia-se a Jacob – um cavaleiro que também luta contra os seus demónios – e lança-se numa cruzada para ajudar o jovem príncipe a salvar o reino da tirania e a lutar contra as injustiças. Mas a batalha será sangrenta e cheia de obstáculos.
Escrito por James Dormer e realizado por Nick Powell (que aqui se estreia na realização), um filme repleto de acção e aventura que conta com Nicolas Cage, Hayden Christensen, Wang Bozhao e Alexandre Bailly nos principais papéis.
Difret
Etiópia, década de 1990. Hirut (Tizita Hagere), uma estudante de 14 anos, é raptada a caminho da escola por um grupo de homens a cavalo. Ela é uma das milhares de vítimas de uma antiga tradição etíope chamada “talefa” que implica o rapto para casamento. Hirut é violada pelo seu futuro marido e trancada num quarto. Ao tentar escapar, pega numa espingarda, mata o seu violador e foge. Agora, ela é acusada de homicídio e o facto de ter agido em legítima defesa não tem qualquer significado na comunidade onde vive. Meaza Ashenafi (Meron Getnet), por seu lado, é uma jovem e corajosa advogada em Adis Abeba, a capital. Decidida a ajudar mulheres e crianças pobres, abriu uma rede de representação jurídica gratuita. Quando sabe do caso de Hirut, segue até à remota aldeia onde ela se encontra e, enfrentando todo o tipo de preconceitos e tradições seculares, inicia uma longa batalha judicial para provar que a criança é uma vítima de uma tradição bárbara e não pode ser responsabilizada por aquele crime.
Inspirado numa história verídica, um filme dramático que conta com argumento e realização do etíope Zeresenay Berhane Mehar. Em 2014, “Difret” arrecadou o Prémio do Público quer no Festival de Cinema de Sundance, quer na Berlinale.