terça-feira, 18 de abril de 2017

11º Encontros de Fado de Almada


Os Fadistas Duarte, Maria Amélia Proença e José da Câmara são os convidados e juris do 11º Encontros de Fado de Almada a realizar no Auditório Fernando Lopes-Graça em Almada.

O Júri será constituído pelos músicos residentes e o Fadista convidado de cada noite. Todos os concorrentes serão acompanhados pelos músicos residentes e terão assim a possibilidade de se apresentar em palco, num auditório profissional com uma casa repleta de amantes de Fado e acompanhados por músicos profissionais com vários anos de experiência.

Como prémios os 3 primeiros classificados darão um concerto em nome próprio no mesmo auditório no mês de Outubro e o primeiro classificado terá direito à gravação de um EP com 5 Fados, gravado em estúdio profissional e acompanhado pelos músicos residentes do festival.

1ª  Eliminatória dos Encontros de Fado de Almada - 27 de Maio - Duarte

Psicólogo de profissão, Duarte tem como amante o Fado, uma paixão antiga na vida.
A formação musical permite-lhe viver a sua arte de diferentes formas. Duarte é autor, compositor e intérprete (na voz e na guitarra), caso raro entre os fadistas. Mas talvez seja esse o segredo para tanta alma nas palavras, na voz, na música.
O seu sentir, criado no Alentejo, é alimentado pelas histórias de vida com que contacta enquanto psicólogo e que veste ora com novas composições, ora com fados tradicionais. Um privilégio, assume. E é na intimidade e no aconchego da casa de fados Senhor Vinho, em Lisboa, que regularmente ensaia e experimenta artisticamente essas vivências.
Para Duarte, o respeito pelo legado do fado é essencial na construção de um objecto artístico único, que deve ser encarada como uma reabilitação arquitectónica. Com base na tradição, cria-se um trabalho artístico contemporâneo.
Duarte tem-se apresentado em palco um pouco por todo o mundo – Espanha, Grécia, Polónia, Goa, Macau, Estados Unidos da América, Guiné-Bissau, entre tantos outros territórios. Mas é de França que lhe chegam rasgados elogios, da parte da crítica e do público, que se deixa seduzir por este fadista da contemporaneidade, cuja imagem lembra a de um jovem poeta-filósofo-anarco-sindicalista do início do século XX.

2ª  Eliminatória dos Encontros de Fado de Almada - 9 de Junho - Maria Amélia Proença

Maria Amélia Marques Proença nasceu em Lisboa, no bairro de Campo de Ourique, no dia 21 de Outubro de 1938. Com apenas 8 anos ganhou a "Taça Amália" no  "Grande Concurso Portugal" organizado pelo jornal "Ecos de Portugal".  Maria Amélia Proença passou pelos mais variados locais de actuação desde que se estreou no teatro Casablanca, do Parque Mayer, com apenas nove anos, em 1948.
Na década de 1970 faz as suas primeiras digressões ao estrangeiro, chegando a permanecer 7 meses em Macau e a fazer apresentações na Tailândia, Japão e Singapura. Desde então apresentou-se em espectáculos na Alemanha, França, Holanda, Inglaterra, Angola e Cabo Verde. A nível nacional, participou nos espectáculos organizados pela Lisboa Capital Europeia da cultura, em 1994 ou pela EXPO' 98.
Em 2005 Maria Amélia Proença foi distinguida com o prémio "Carreira" no concurso "Grande Noite do Fado". Em 2014 foi homenageada pelo Café Luso pelos seus 68 anos de Carreira num espectáculo comemorativo integrado nas celebrações do 3 aniversário do Fado como Património Imaterial da Humanidade.

Final Encontros de Fado de Almada - 16 de Junho - José da Câmara

Sendo o mais novo de seis irmãos, José da Câmara é filho de Maria Augusta de Melo de Novais e Ataíde da Câmara e de D. Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara, tendo nascido em Lisboa no ano de 1967. José da Câmara começou a cantar muito novo, influenciado pelo pai e pelos irmãos, pois todos tocavam viola e cantavam, traduzindo um forte ambiente musical familiar extremamente aliciante. Por graça, começa a cantar uns fadinhos em festas familiares e entre os colegas. Em 1984 canta pela primeira vez no Teatro da Trindade ao que se segue em 1985, o Festival de Música dos Açores, na Ilha Terceira, onde canta com o pai. Em 1986 estreia-se como profissional, ao ser convidado para atracção nacional na revista "Lisboa, Tejo e Tudo", no Teatro Maria Vitória, de César de Oliveira, Fialho Gouveia e Raúl Solnado. José da Câmara ganha, em 1986, o Troféu Nova Gente, Prémio Revelação de Fado. Nesse mesmo ano, pela mão de Mário Martins, assina contrato com a EMI Valentim de Carvalho e em 1988 lança o primeiro registo “José da Câmara”. José da Câmara é autor de vários fados, nomeadamente "À Sombra da Lua", que deu o título ao primeiro disco de Mico da Câmara Pereira. Ao longo do seu percurso, o fadista já contabilizou espectáculos em Espanha, França, Bélgica, Luxemburgo, Itália, Alemanha, Holanda, Áustria, Inglaterra, Moçambique, Marrocos, Canadá, Macau, Coreia do Sul e considera que as mais importantes actuações aconteceram na Europália, na Bélgica e no Festival de Música Clássica de Macau. Actualmente faz parte do grupo “Quatro Cantos”, um modelo diferente de espectáculo de fado e que junta os nomes de António Pinto Basto, Maria Armanda e Teresa Tapadas.

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