quarta-feira, 30 de outubro de 2019

MOMO. apresenta vídeo "Diz a verdade"


“Deixar a dor e cantar”: Diz a Verdade traz um sol para brilhar sobre o anúncio do próximo álbum do cantor e compositor MOMO. I Was Told to Be Quiet, o sexto volume de sua discografia. 

A música, o terceiro single que MOMO. apresenta do novo disco, repensa a estética musical brasileira mais conhecida - o samba - em novos termos. Enquanto a interpretação do artista trabalha a familiaridade que temos do género, Diz a Verdade traz também o frescor de um arranjo feito por dois estrangeiros: Marco Benevento, que tocou os sintetizadores e o piano eléctrico, e Tom Biller, que toca também o baixo synth na faixa.

Seu aspecto ensolarado e, ao mesmo tempo, reflexivo foi traduzido também no seu videoclipe. Com realização de Amanda Raybaud, a obra transita entre o real e o lúdico ao promover o encontro de MOMO. com sua versão na infância. A partir dessa conexão, o adulto resgata um olhar mais leve e alegre sobre a vida.

O desejo por novas maneiras de viver melhor, como a situação descrita no videoclipe, permeia grande parte de I Was Told to Be Quiet. Além da nova música, essa característica foi anunciada também pelos dois singles anteriores: Higher Ground sonha com a paz e a calma em um mundo com tanta insensibilidade e For I Am Just a Reckless Child, por sua vez, clama por esperança e pela libertação dos sentimentos negativos. 

Disco I Was Told to Be Quiet

Uma resposta sensível ao mundo atribulado que vivemos: I Was Told to Be Quiet é o sexto álbum do cantor e compositor MOMO., brasileiro que reside hoje em Lisboa. Gravado em Los Angeles, a obra reúne a herança calorosa e afectiva das sonoridades tupiniquins, como bossa nova e samba, com a estética arrojada do indie contemporâneo. O resultado é um repertório que brilha em originalidade para receber a voz e a interpretação de um artista sempre celebrado pela crítica.



No disco, Marcelo Frota exibe diversas nuances de sua musicalidade ao longo das dez faixas. Entre composições em português, inglês e francês, temos contacto com seu lado mais sonhador (em “Higher Ground”), com um MOMO. confessional (“For I Am Just a Reckless Child”) e outro que aponta a um horizonte mais ensolarado (“Diz a Verdade”). Não à toa, essas foram as canções apresentadas nos meses que antecederam seu lançamento.

Enquanto “Vida” redescobre elementos da psicodelia brasileira (de Os Mutantes a Clube da Esquina), “Mon Neant”, “Marigold” e “Lillies for Eyes” mostram-se “baladas agitadas”, cada uma com sua inquietude presente no arranjo. Já “Stupid Lullaby” e “Sereno Canto” são músicas que desenvolvem suas progressões aos poucos, na medida que o ouvinte se deixa conquistar pela voz e os sentimentos que Frota coloca nas músicas.

E ele não vem sozinho: Como de costume, MOMO. apresenta uma lista primorosa de colaboradores. Entre as parcerias nas composições, encontramos Wado, Thiago Camelo e Ana Lomelino (Mãeana). Nas gravações, Régis Damasceno (baixo) e Marco Benevento (piano, polli synth, cordas synth) estão presentes, além de Tom Biller, que assina a produção do álbum.

A parceria entre Frota e Biller concretizou-se em I Was Told to Be Quiet após quase uma década de planos para os dois trabalharem juntos. Morando juntos por um mês em Los Angeles, os dois somaram a experiência de produção do norte-americano (que já trabalhou com Fiona Apple, Sean Lennon, Elliot Smith, Kanye West e Warpaint, entre outros) e a maturidade que MOMO. desenvolveu ao trabalhar suas próprias composições e arranjos ao longo dos cinco álbuns anteriores - vivência essa que permite que o artista entenda que é hora de cantar, mesmo se disserem que ele precisa ficar calado, como sugere o título da obra.

I Was Told to Be Quiet tem lançamento no Brasil pelo selo LAB344, nos Estados Unidos pelo Yellow Racket Records e na Itália por Deusamora Records.