quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Ardenas 1944, de Antony Beevor


No dia 16 de Dezembro de 1944, Hitler deu início à sua «última jogada» nas florestas e desfiladeiros cobertos de neve das Ardenas. Estava convicto de que seria capaz de dividir os Aliados se os empurrasse até Antuérpia, obrigando os canadianos e os britânicos a saírem da guerra. Embora os seus generais tivessem dúvidas sobre o êxito da ofensiva, os oficiais mais jovens e menos graduados estavam desesperados por acreditar que as suas casas e as suas famílias podiam ser salvas do Exército Vermelho, que se aproximava, vingador, de leste. Muitos exultavam perante a expectativa de contra-atacar. A ofensiva nas Ardenas, que envolveu mais de um milhão de homens, tornou-se a maior batalha da guerra na Europa Ocidental. As tropas americanas, apanhadas de surpresa, deram por si a lutar contra dois exércitos de Panzers. Os civis belgas fugiram, justificadamente com receio da vingança alemã. O pânico espalhou-se até Paris. Muitos americanos desertaram ou renderam-se, mas
muitos outros mantiveram-se heroicamente firmes, atrasando o avanço alemão. O inverno rigoroso e a selvajaria da batalha tornaram-se comparáveis aos da frente ocidental. E depois dos massacres da Waffen-SS, até os generais americanos deram a sua aprovação quando os seus homens mataram alemães que se rendiam. A Batalha das Ardenas quebrou finalmente a Wehrmacht.

Sobre o Autor

Os livros de Antony Beevor incluem Paris Após a Libertação, 1944-1949 (escrito com a sua mulher,
Artemis Cooper); Estalinegrado, vencedor do Samuel Johnson Prize, do Wolfson Prize na área de História e do Hawthornden Prize na área de Literatura; A Queda de Berlim – 1945, vencedor do primeiro LongmanHistory Today Trustee’s Award e considerado um dos melhores livros da primeira década do século XXI pelo New York Times e pelo Telegraph; A Guerra Civil de Espanha e, mais recentemente, Dia D e A Segunda Guerra Mundial.