Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:
A Ponte dos Espiões
Início da década de 1960. Os EUA e a União Soviética encontram-se em plena Guerra Fria. A 1 de Maio de 1960, um U-2 (avião de reconhecimento norte-americano) sobrevoava o território soviético quando é atingido pelo inimigo. Francis Gary Powers, o piloto, consegue sobreviver ao saltar de pára-quedas mas é posteriormente capturado e feito prisioneiro. A sua captura transforma-se num problema de Estado pois, se Powers ceder, pode revelar informações fundamentais que porão em causa muitas das estratégias militares dos EUA. É então que James B. Donovan, o advogado encarregado de defender Rudolf Abel, um espião do KGB capturado anos antes pelo FBI, é contactado para negociar a libertação do piloto em troca da libertação do seu ex-cliente, a cumprir 30 anos de pena de prisão. Mesmo sem experiência em negociações deste nível, Donovan viaja até Berlim (Alemanha), onde se torna numa peça essencial dos negócios entre os Estados Unidos e a União Soviética. Num esforço para fazer o que é correcto e cumprir a sua missão, Donovan vê-se enredado num ambiente de tensão política entre dois pólos inimigos. E ele sabe que qualquer passo em falso pode significar o início de uma guerra entre duas superpotências e a consequente morte de milhares de inocentes.
Com realização do veterano Steven Spielberg (“Os Salteadores da Arca Perdida”, “ E.T. - O Extra-Terrestre”, “Império do Sol”, “A Lista de Schindler”, “Apanha-me Se Puderes”, “Lincoln”) e argumento de Matt Charman e de Ethan Coen e Joel Coen (os irmãos responsáveis por filmes como “O Grande Lebowski”, “Irmão, Onde Estás?”, “Este País Não É para Velhos” ou “Indomável”, entre outros), um “thriller” político que se baseia em eventos reais ocorridos durante a década de 1960, hoje conhecido por “incidente do avião U-2”. O elenco conta com Tom Hanks, Mark Rylance, Amy Ryan e Alan Alda, entre outros.
O Leão da Estrela
Anastácio é um fervoroso sportinguista que empreende uma viagem ao Norte com a família para ver a sua equipa enfrentar o FC Porto. Aproveitando para conhecer a cidade do Porto, ficam uns dias hospedados em casa dos Barata, uma família abastada que tinham conhecido algum tempo antes numas férias. Porém, teimando em esconder a sua baixa condição social, Anastácio faz-se passar por um homem de negócios. A situação complica-se quando Eduardo, o filho mais velho dos Barata, começa a namoriscar Juju, filha de Anastácio. Aquele namoro, apesar de muito bem-visto por Anastácio – que deseja que a filha case com alguém endinheirado –, vai complicar-lhes a vida, pois obriga-os a recebê-los na sua própria casa, em Lisboa. Decididos a não se deixarem levar pelo pânico, Anastácio e a família montam então um esquema para sustentar as aparências de riqueza. Mas os convidados vão revelar-se mais difíceis de contentar do que eles alguma vez poderiam imaginar…
Com assinatura de Leonel Vieira (“Zona J”, “A Bomba”, “Arte de Roubar”, “O Pátio das Cantigas”) segundo um argumento de Tiago Santos, este é o “remake” da comédia portuguesa realizada, em 1947, por Artur Duarte (“Os Fidalgos da Casa Mourisca” ,“O Costa do Castelo”, “Parabéns, Senhor Vicente”). Nesta versão, Miguel Guilherme, Sara Matos, Ana Varela, Dânia Neto, Manuela Couto, André Nunes e Aldo Lima dão vida às personagens, substituindo António Silva, Milú, Maria Eugénia, Curado Ribeiro, Laura Alves ou Artur Agostinho, os actores originais da história.
A Viagem de Arlo
Como seria o Mundo se, por um mero acaso do destino, o asteróide que chocou com a Terra há aproximadamente 65 milhões de anos tivesse passado ao largo? Neste cenário hipotético, os dinossauros e os seres humanos teriam de se habituar à presença uns dos outros, partilhando “habitats” e formas de sobrevivência. “A Viagem de Arlo” segue esta premissa e conta-nos a história de amizade entre Arlo, um jovem e pacífico apatossauro de 70 metros, e de Spot, uma pequena cria de Homo Sapiens. Juntos, enfrentando muitos perigos, os dois amigos embarcam numa épica aventura pelas paisagens assombrosas do planeta Terra onde as diferenças abissais entre eles apenas são superadas pelo enorme sentimento de companheirismo, generosidade e confiança mútua.
Produzida pelos estúdios Pixar, uma comédia de animação computorizada que conta com a realização de Peter Sohn (autor e realizador da curta “Parcialmente Nublado”) segundo uma ideia original de Bob Peterson (“Up – Altamente”). Na versão original, os actores Raymond Ochoa, Jack Bright, Jeffrey Wright, Frances McDormand e Sam Elliott, emprestam as suas vozes às personagens.