Em Fevereiro deste ano, a Quetzal publicou o primeiro romance de Andréa Zamorano, escritora que vive em Portugal há tantos anos quantos os aqueles que passou no Brasil. Em A Casa das Rosas, Andréa Zamorano oferece ao leitor o cruzamento entre o português de Portugal e do Brasil, enquanto narra a história de Eulália e a História do que se passava Brasil em 1983 e 1984.
Andréa Zamorano participa na segunda edição do Festival Literário Diáspora, em Belmonte. A autora de A Casa das Rosas conversará com Inês Pedrosa na mesa de debate Tanto Mar, que ocorre às 15h00, no Museu Judaico de Belmonte. A moderação é de Pedro Vieira. «Portugal e o Brasil falam a mesma língua? Que autores portugueses são lidos no Brasil e vice-versa? «Sei que há léguas a nos separar» — e as distâncias da escrita?», as perguntas que marcam o ponto de partida.
A Casa das Rosas
Esta é a história extraordinária de Eulália, uma jovem da classe média de São Paulo. Os inusitados acontecimentos que marcam a sua vida nesse período épico da vida brasileira, entre 1983 e 1984 (a campanha das eleições directas, marco no combate pela democracia), vão transportar o leitor para um mundo onde realidade e fantasia coexistem e se entrelaçam. Ao longo dessa história, haverá uma mãe desaparecida, um vestido de noiva, um detective solitário, um jardineiro que sabe demais, um deputado poderoso, um perfume de rosas, uma fuga através da cidade em chamas, um animal que fala, um fantasma que aparece e desaparece, um poeta mexicano que só mais tarde irá surgir nos livros de Roberto Bolaño, um português dono de um boteco em São Paulo - e um final empolgante e inesperado. A estreia de uma autora brasileira a viver em Portugal há longos anos. O cruzamento de duas ortografias da mesma língua.
Sobre a Autora
Andréa Zamorano já está há tantos anos em Portugal quantos os que viveu no Brasil. Formada em Letras, estudou posteriormente Marketing e é hoje uma empresária de sucesso no ramo da gastronomia. É casada, tem dois filhos e duas enteadas, e vive em Lisboa.