Há episódios desconhecidos da Segunda Guerra Mundial que são capazes de revelar o impacto e o sofrimento a que milhões de crianças estão sujeitas num conflito em larga escala. A Colónia de Férias, o romance de estreia de Manuela Piemonte, lança a luz sobre uma dessas histórias e chega às livrarias num período em que a Guerra volta a assolar o velho continente e as vidas de milhões de crianças são colocadas em suspenso. Disponível a partir de 5 de maio com o selo da Porto Editora.
No final da década de 30 do século passado, as crianças dos países africanos sob domínio italiano eram trazidas para Colónias de Férias em Itália, com o propósito de conhecerem o país, o Império e serem doutrinadas no regime de Mussolini. Mas em 1940, com a expansão da Segunda Grande Guerra em território europeu e africano, os três meses de férias e formação de milhares de crianças transformaram-se num cativeiro implacável e sem fim à vista. É neste cenário que os leitores encontram as protagonistas desta história: Sara, Angela e Margherita, três irmãs líbias obrigadas a crescer sem os pais, despossadas da sua identidade e subjugadas pela disciplina e propaganda fascista.
Com uma escrita que mistura habilmente ficção e realidade, Manuela Piemonte construiu um romance profundamente emotivo, que permite acompanhar a bravura destas três jovens enquanto lutam, na companhia de outras crianças, por manter a esperança e a identidade, até que entendem que a única saída possível, a fuga de uma Colónia de Férias que se transformou em campo de concentração, pode ser a sua salvação ou o seu carrasco.
Sobre a Autora
Manuela Piemonte nasceu em Milão em 1978. Licenciada em Literatura Latino-Americana, é professora, editora, tradutora e guionista. Vive entre Milão e Roma. A Colónia de Férias é o seu primeiro romance.