Morte de um caixeiro viajante, numa encenação de Jorge Silva Melo do texto de Arthur Miller, chega à Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II a 26 de maio, onde estará em cena até dia 5 de junho.
Uma tragédia moderna do cidadão comum, que encontra na impotência do fracasso a derradeira violência, Morte de um caixeiro viajante foi escrita no imediato pós-guerra, em 1949, e é um sentido Requiem por uma sociedade que se baseia no triunfo individual, na competição e na exploração. Passada nos Estados Unidos da América, nos anos 1940, é um dos retratos mais magoados do Sonho Americano.
Depois de 34 anos a trabalhar como caixeiro viajante, Willy Loman, que quer dar o mundo aos seus filhos, vê os seus sonhos desvanecerem-se, perdendo o chão e, consequentemente, a noção de realidade. Estamos perante o Sonho Americano, o ideal de self made man e o mito do sucesso.
Uma das últimas encenações de Jorge Silva Melo, Morte de um caixeiro viajante é uma produção dos Artistas Unidos em coprodução com o Teatro Nacional D. Maria II e o Teatro Nacional São João. Depois de ter feito uma digressão pelo país, no âmbito da Rede Eunice Ageas, projeto de circulação nacional de espetáculos do D. Maria II, e ter sido apresentado em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, em agosto de 2021, a peça regressa agora a esta cidade para duas semanas de apresentações no D. Maria II.