terça-feira, 17 de maio de 2022

Quem eram os informadores da PIDE/DGS ?



Depois de A História da PIDE e O Caso da Pide/DGS, Irene Flunser Pimentel publica uma nova obra sobre a política de denúncia ao longo dos quase cinquenta anos de regime ditatorial português. Nas livrarias a 19 de maio, Os Informadores da PIDE – Uma Tragédia Portuguesa é uma obra essencial para historiadores e leitores curiosos que analisa a forma como a polícia política neste período sombrio da História contou com portugueses para denunciar outros, de que forma era feito o recrutamento e o que levava pessoas a aceitarem colaborar com a polícia, prejudicando e destruindo vidas.

Os Informadores da PIDE – Uma Tragédia Portuguesa derruba lugares-comuns e ideias feitas e mostra que, ao contrário do que muitas vezes é dito, ser informador da PIDE/DGS era considerado uma atitude reprovável pela maior parte das pessoas em Portugal. Com base numa investigação detalhada, a autora analisa de forma ímpar as reais motivações dos delatores cuja existência contribuiu para estabelecer um clima de desconfiança, não só entre a minoria que atuava politicamente contra o regime, como em todas as portuguesas e todos os portugueses.

Sobre a Autora

Irene Flunser Pimentel é mestre em História Contemporânea (Século XX) e doutorada em História Institucional e Política Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Investigadora do Instituto de História Contemporânea (FCSH da UNL), é autora de História das Organizações Femininas do Estado Novo (2000), que obteve o Prémio Carolina Michaëlis em 1999, de Judeus em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial. Em Fuga de Hitler e do Holocausto (2006), Prémio ex-aequo Adérito Sedas Nunes, atribuído pelo Instituto de Ciências Sociais em 2007, de A História da PIDE (2007), que mereceu o Prémio Especial Máxima em 2008, de Tribunais Políticos. Tribunais Militares Especiais e Tribunais Plenários durante a Ditadura e o Estado Novo, em coautoria com Fernando Rosas, João Madeira, Luís Farinha e Maria Inácia Rezola (2009), de A cada um o seu lugar (2011), que recebeu o Prémio Ensaio 2012 da Máxima, de O Caso da PIDE/DGS (2017) e de Holocausto (2020), vencedor do Prémio Fundação Calouste Gulbenkian, na categoria «História da Europa», em 2021. Foi distinguida com o Prémio Pessoa em 2007 e com o Prémio Seeds of Science, na categoria «Ciências Sociais e Humanas», em 2009, e condecorada com a Ordem Nacional da Legião de Honra pelo Governo de França em 2015.