40 anos depois de ter sido apresentado em Competição em Cannes, e 4 anos depois de lá ter regressado (à secção Cannes Classics, na sua nova versão restaurada) A Ilha dos Amores é agora reposta nos cinemas (Ideal e Trindade), editada em DVD e disponibilizada na Filmin e nos videoclubes das televisões, tudo a acontecer a partir do próximo dia 26 de Maio e coincidindo com mais uma edição do festival de Cannes.
Esta reposição trará consigo outro filme de Paulo Rocha, A Ilha de Moraes, e será ocasião para todos os seus filmes já restaurados e editados em DVD – sete no total - ficarem também disponíveis na Filmin e nos videoclubes das televisões (NOS, Meo, Vodafone, Nowo).
Este novo acontecimento à volta da obra de Paulo Rocha – cineasta decisivo do cinema novo português e várias vezes presente nas selecções oficiais de Cannes, Veneza e Locarno – é resultado da colaboração da Midas Filmes com a Cinemateca Portuguesa, testamentária da obra do realizador, e que se iniciou em Abril de 2015 com a reposição e edição de Os Verdes Anos e Mudar de Vida.
A Ilha dos Amores
Composto em nove cantos e inspirado na vida e obra do escritor Wenceslau de Moraes, que saiu de Portugal nos finais do século XIX para buscar no Japão uma “arte de viver” que conciliasse o material e o espiritual. Uma das obras mais arriscadas do cinema português, em que o trabalho de mise en scéne é sobretudo realizado no interior dos próprios planos.
A Ilha de Moraes
Paulo Rocha voltou ao escritor Wenceslau de Moraes depois de A Ilha dos Amores, filme com que A Ilha de Moraes estabelece um diálogo íntimo. Para filmar a vida e obra do escritor português que viveu no Extremo Oriente, Paulo Rocha filmou documentos e lugares vividos pelo escritor, confrontando-os com os textos de Moraes e com o seu A Ilha dos Amores.