A Aliança Renault-Nissan registou, em 2014, um nível recorde de sinergias de 3.8 mil milhões de euros face aos 2.87 mil milhões realizados em 2013. As actividades de compras, engenharia e fabricação foram as que mais contribuíram. O lançamento da plataforma Common Module Family (CMF) da Aliança permitiu acelerar a realização de sinergias nestas três áreas.
As sinergias são geradas pela redução, ou eliminação, de custos e aumento da facturação e, em cada ano, apenas são contabilizadas as novas sinergias realizadas. A contabilização das sinergias permite à Renault e à Nissan determinar se estão em linha com os seus objectivos de desempenho e, ainda mais significativo, oferecer aos seus clientes, em todo o mundo, modelos com maior valor acrescentado.
“A nossa Common Module Family continua a acelerar as sinergias em várias áreas como as compras, engenharia e grupos motopropulsores,” afirmou Carlos Ghosn, Chairman e CEO da Aliança Renault-Nissan. “Ao mesmo tempo, a convergência realizada em quatro áreas – Engenharia, Fabricação & Supply Chain, Compras e Recursos Humanos – está a acelerar a obtenção de sinergias.”
Graças à convergência destas quatro áreas, e mesmo se a Renault e a Nissan permanecem empresas separadas, a Aliança espera ultrapassar, em 2016, o seu objectivo de atingir um valor anual de sinergias de 4,3 mil milhões de euros.
Common Module Family (CMF)
A Common Module Family é o sistema da Aliança de arquitectura modular para os seus modelos e permite, a ambas as marcas, o desenvolvimento de uma vasta gama de modelos a partir de um reduzido número de componentes.
Os pequenos modelos têm por base a CMF-A, os modelos médios a CMF-B, e os modelos de maiores dimensões utilizam a CMF-C/D.
O Novo Nissan Qashqai, lançado em Fevereiro de 2014, utiliza a plataforma CMF-C/D que já tinha sido utilizada, em 2013, para o lançamento do Nissan Rogue nos EUA e do X-Trail na China. Em 2015 a Renault lançou os seus primeiros modelos com base na plataforma CMF: os crossovers Espace e Kadjar utilizam ambos a plataforma CMF-C/D.
Em 2015, a Renault irá lançar, na Índia, o Kwid que será o primeiro modelo da Aliança a utilizar a plataforma CMF-A e que será produzido na fábrica da Aliança em Chennai. A Datsun irá lançar, em 2016, um modelo que utilizará a mesma plataforma.
Fabricação cruzada
A fabricação cruzada de modelos da Aliança é, também, um dos mais importantes factores de realização de sinergias. A progressiva implementação, até final de 2015, do Alliance Production Way (APW) em todas as fábricas irá permitir ao dispositivo industrial da Aliança a utilização em pleno as suas capacidades de produção podendo produzir modelos da Renault ou da Nissan.
Em 2014 a Nissan iniciou a produção do seu crossover Rogue na fábrica da Renault de Busan na Coreia do Sul de forma a responder ao aumento da procura verificada nos EUA.
A fábrica da AVTOVAZ em Togliatti na Rússia, que é a maior unidade industrial da Aliança em todo o mundo com capacidade para fabricar quase um milhão de automóveis por ano produz modelos de quatro marcas: Lada, Renault, Nissan e Datsun. A Aliança detém uma posição maioritária na joint venture que controla a AVTOVAZ o maior construtor automóvel Russo.
A Aliança tem vindo também a beneficiar de sinergias realizadas noutras áreas como as vendas e o marketing.
A título de exemplo, a Renault e a Nissan podem oferecer aos seus clientes, de dimensão mundial, uma vasta gama de modelos. Em 2014, a Aliança assinou contratos globais com vários clientes frotas como a multinacional, da área alimentar, Danone.