quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Baudolino


Abril de 1204. Constantinopla, a esplêndida capital do Império Bizantino, é saqueada e incendiada pelos cavaleiros da quarta cruzada. Entre o caos e a carnificina, um certo Baudolino salva a vida a um alto funcionário da corte que, fascinado com as habilidades do salvador, lhe pede que conte a sua história de vida. É esta narrativa que constitui Baudolino. 

Filho de simples camponeses, Baudolino tem dois talentos principais: um dom inato para aprender línguas e uma inclinação imensa para a invenção. Quando, ainda menino, encontra um comandante militar nos bosques perto da sua aldeia, encanta-o com a sua mente viva e o seu espírito rápido. O comandante – que não é senão o imperador Frederico Barbarroxa – adopta Baudolino e manda-o para a universidade em Paris, onde este faz vários amigos destemidos e aventureiros como ele.

Inspirado por mitos e sonhos, este grupo parte em busca do Preste João, um sacerdote-rei lendário que se pensa governar um vasto reino do Oriente – terra fantástica habitada por criaturas estranhas com olhos nos ombros e bocas nas barrigas, eunucos, unicórnios e donzelas adoráveis.

O delicioso relato feito por Baudolino é uma narrativa de verdade e ficção – ou de ficção tornada verdadeira, pois as mentiras que urde têm o condão de se transformar em História…

Com aventuras mirabolantes e hilariantes, um crime impossível, truques extraordinários e viagens fabulosas, a par de reflexões sobre a nossa época pós-moderna, este livro mostra-nos Umberto Eco, o contador de histórias, no seu melhor.

Sobre o Autor

Umberto Eco (1932-2016) foi um eminente filósofo, medievalista e semiólogo italiano.

Estreou-se na narrativa com O Nome da Rosa (Prémio Strega 1981), a que se seguiram O Pêndulo de Foucault, A IIha do Dia Antes, Baudolino, A Misteriosa Chama da Rainha Loana e O Cemitério de Praga.

Entre as suas numerosas obras ensaísticas (académicas e outras), destacam-se: O Signo, Os Limites da Interpretação, Kant e o Ornitorrinco, A Passo de Caranguejo, Construir o Inimigo e outros escritos ocasionais, Obra Aberta, Dizer Quase a Mesma Coisa - Sobre a Tradução e Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas. Organizou ainda os livros ilustrados História da Beleza, História do Feio e História das Terras e dos Lugares Lendários.