“Uma Vida Melhor - Vitorino” é o nome do filme português da autoria do fotógrafo Ricardo Bravo e do realizador João Rito, que estreou no SAL - Surf At Lisbon Film Fest no mês de Novembro, e que quer dar a conhecer a inspiradora história de vida do surfista Nuno Vitorino.
Nuno Vitorino é o protagonista do filme onde vê retratada a história do acidente com arma de fogo que sofreu aos 18 anos e o deixou tetraplégico. A história de um homem que encontrou naquele que parecia ser o pior dia da sua vida, uma porta aberta para uma vida melhor. Tendo feito bodyboard desde os 12 anos, o incidente colocou Nuno numa cadeira de rodas e fê-lo ficar 10 anos sem surfar. No entanto, a capacidade de autossuperação foi mais forte e, atualmente, com 40 anos, Nuno é atleta paralímpico e representa a Seleção Portuguesa de Surf nos campeonatos de Surf Adaptado por todo o mundo.
“Uma Vida Melhor - Vitorino” é uma curta-metragem dramática, mas inspiradora onde Nuno conta na primeira pessoa como viu toda a sua vida desmoronar-se devido a uma brincadeira entre amigos, de como arranjou a força e a motivação necessárias para voltar a construir uma vida o mais normal possível e fazer aquilo que mais ama – surfar! "Nós não queremos saber se é difícil, apenas se é possível!", é o lema de vida deste atleta que só quer surfar ondas grandes e motivar todos os que não acreditam, que afinal tudo é possível quando há força de vontade, família e amigos prontos a ajudar.
A realização do filme
O filme demorou cerca de cinco meses a ser produzido desde o primeiro contacto com o Nuno e foi idealizado em conjunto pelo Ricardo Bravo e pelo João Rito, que começaram a alinhavar as primeiras ideias deste projeto em janeiro de 2017 com um grande objetivo: estar no Surf At Lisbon Film Fest. Nesse mesmo festival, “Uma Vida Melhor – Vitorino” conquistou uma menção honrosa para melhor curta.
Apesar da carga emocional inerente à realização do filme, tanto Ricardo como João admitem que nos dias de filmagens o ambiente era sempre excelente, especialmente nos dias de surf em que a boa disposição foi uma constante. O Nuno é o primeiro a brincar com as suas limitações, transformando-as rapidamente em pontos positivos e motivo de riso.
Apesar de ser um projeto totalmente pro bono, João e Ricardo contaram com o apoio de várias marcas, entidades e pessoas, que facilitaram e tornaram possíveis alcançar os objetivos propostos. A Canon cedeu o equipamento utilizado nas filmagens incluindo uma Canon C300 Mark II e o kit de objetivas de cinema (24mm, 50mm e 85mm), bem como uma Canon EOS 1DX Mark II e uma Canon 5D Mark IV para as filmagens na água, com recurso a uma caixa estanque da Wave Solutions. Nas filmagens aquáticas foram utilizadas as objetivas Canon EF 50mm 1.2 L e EF 70-200 f4 L. Tiveram também o apoio da Planar à produção e da Push e Wall Collective na pós-produção. Todos contribuíram de forma decisiva para o resultado final.
Os Autores
João Rito, apesar de nascido em Lisboa, foi no Porto que descobriu a sua paixão por filmes e fotografia. Estudou cinema na Universidade Católica onde fundou sua empresa de produção. No início da sua carreira, viajou pelo mundo fazendo filmes sobre surf, e mais recentemente decidiu trabalhar como Realizador independente. O seu objetivo é filmar em todo o mundo continuando a contar histórias e ajudar as marcas a comunicar!
Ricardo Bravo é um fotógrafo freelancer, nascido em Lisboa, e cuja residência é normalmente nas praias mais próximas de onde estiver. Produz trabalho editorial e comercial para diversas marcas e publicações como Quiksilver, Meo, Redbull, Torq Surfboards, SurfCloud, Surfline, A-Frame, Surf Portugal, Surf Europe. Em 2017 ganhou o primeiro prémio da Canon Professional Network Editor’s Choice, na categoria de Retrato. Gosta de visitar cidades e conhecer praias acompanhado das suas câmaras.
“Apesar das dificuldades que fomos enfrentando nos dias de filmagem, tínhamos um objetivo bem definido, estarmos presentes no Surf At Lisbon Film Fest, e com toda a gente a trabalhar nesse sentido, conseguimos. Demorou algum tempo para que o Nuno se mostrasse disposto a falar abertamente sobre a sua vida (das luzes e das sombras) indo mais longe do que a sua mensagem de otimismo e coragem que transmite a todos os que têm a sorte de o conhecer. Enfrentar as câmaras e falar do que “já estava enterrado no passado” foi um processo duro para ele, mas fulcral para que o filme ganhasse uma densidade que de outra forma nunca alcançaríamos”, revelam os realizadores desta obra motivacional que todos devem ver pelo menos uma vez na vida. “Agora gostávamos de conseguir mostrar o filme por todo o país, e vamos também inscrevê-lo em diversos festivais de cinema pelo mundo fora.”
As filmagens foram realizadas em casa do Nuno Vitorino, no ginásio (Académica Fitness) e piscina (CNA) onde treina regularmente. As imagens de surf foram captadas na Costa de Caparica e Carcavelos.