terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Crónica Saúde - Joana Franco


Parasitas – Diagnóstico

Em alguns casos, é possível visualizar diretamente os parasitas nas fezes, o que facilita o diagnóstico.
Nos restantes casos, é necessário apoio do laboratório para o diagnóstico mais fidedigno.
A observação ao microscópio de diferentes preparados de fezes permite a deteção dos ovos, quistos ou dos parasitas. Com frequência, este tipo de exame tem de ser repetido em diferentes períodos de tempo, porque os parasitas apresentam ciclos de vida diversos e intermitentes.
A colheita de fezes deve ser feita em três dias consecutivos, uma colheita em cada dia respetivamente.
A colheita de sangue tem pouca utilidade para o diagnóstico. Pode, em alguns casos, permitir detetar algumas alterações laboratoriais sugestivas para o diagnóstico.
A radiografia do abdómen com contraste opaco pode mostrar imagens correspondentes a alguns parasitas.
Outros meios de diagnóstico, como a ecografia, tomografia axial computorizada (TAC) ou a ressonância magnética (RM) podem ser necessários no estudo de complicações intestinais ou extra-intestinais, quando existem.
A endoscopia pode ter utilidade em casos muito concretos e particulares, que são raros.

Parasitas - Tratamento
As opções terapêuticas são variadas e dependem da causa da infeção.
De um modo geral, são medicamentos com elevada eficácia e comodidade de administração, habitualmente comprimidos, nos casos mais comuns.
Como regra, estes medicamentos podem ser utilizados no tratamento das parasitoses intestinais a partir dos 12 meses, embora deva sempre ser feita uma avaliação caso a caso.

Parasitas - Prevenção
É importante referir que as desparasitações sistemáticas não evitam as novas infeções.

As únicas medidas preventivas que devem ser adotadas são as que permitem interromper o ciclo de contaminação. Para isso, é fundamental o controlo das águas com saneamento básico, controlo do solo com técnicas de rega e fertilização adequadas e controlo dos animais tendo em atenção o consumo de carne e peixe e a existência de animais domésticos.
A nível individual, a lavagem das mãos, a preparação adequada dos alimentos como lavagem de frutas e vegetais e evitar carne e peixe mal cozinhados, bem como o consumo de água filtrada e clorada são a melhor forma de proteção, sendo que os parasitas são adquiridos no corpo humano com origem em outros animais.
Tome todos os cuidados necessários para prevenir este tipo de patologia que pode causar grande desconforto.
Muito obrigada. Cuide de si. Cuide sempre da sua saúde.

Desejo a todos os leitores um Feliz Natal.

Apresentação Joana Franco

Chamo-me Joana Franco, tenho 32 anos, e sou natural de Geraldes, aldeia pertencente ao Concelho de Peniche.
Enfermeira de Profissão, terminei o Curso de Licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem de Francisco Gentil, em Lisboa, no ano de 2010.
Nos anos mais recentes abracei desafios noutros países, nomeadamente Dubai onde fiz parte um projecto na área de Turismo, e em Inglaterra, onde trabalhei como Enfermeira em “Nursing Homes”, a cuidar de Pessoas com Demência.
Em Portugal, demonstrei o meu trabalho como Enfermeira no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Hospital Júlio de Matos e, actualmente, trabalho na Clínica Psiquiátrica de Lisboa, em Telheiras.
Sou uma pessoa que aceita novas aventuras e, como tal, aceitei o convite de escrever para o Blog ‘Cultura e não Só’, em que apresento novos pontos de vista e dicas para tornar melhor a saúde do leitor.