Os atentados de 11 de Setembro trouxeram para o nosso quotidiano assuntos como o terrorismo, jihadismo, a Al-Qaeda ou o «Estado Islâmico». Nem sempre foram interpretados da melhor forma.
Por um lado, foram assumidos como manifestações de violência armada de religiosidade. Por outro, encaram-se como algo inovador e paradigmático. Mais ainda. A violência jihadista passou também a ser lida como o fruto de uma organização disfuncional e operacionalmente controversa. Ou seja, uma violência não-instrumental, irracional, empurrada pelo fanatismo religioso e ofuscada pelo culto do martírio.
Jihadismo Global põe em causa as premissas que levaram a estas conclusões.
A violência armada em nome do Jihadismo não é necessariamente uma manifestação violenta do Islão. Aliás, no que se reivindica há propósitos políticos e fórmulas seculares bem delineados. Para o cumprimento dos objectivos está uma aplicação eficiente e instrumental da violência armada. Tudo isto é fruto de uma estratégia racional e de longo prazo.
No fundo, trata-se de um livro sobre o pensamento estratégico do jihadismo global. E o objectivo foi ler o movimento para além das suas óbvias manifestações.