terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Crónica Saúde - Joana Franco



Esta semana irei responder a algumas questões que regularmente são colocadas acerca da Vacinação.

- Quais são os efeitos secundários das vacinas?
Geralmente, os efeitos causados pelas vacinas são ligeiros e desaparecem sem ser necessário tratamento. Alguns efeitos secundários são:
dor ou vermelhidão no local da injecção
aumento ligeiro da temperatura
dor de cabeça

Em raríssimos casos podem verificar-se recações secundárias mais sérias. Contudo, os serviços de vacinação estão treinados para as controlar.

- As vacinas causam dor quando são administradas?
O incómodo causado pela injecção é habitualmente um desconforto momentâneo, que pode ser minorado distraindo a criança e evitando a demonstração de ansiedade durante a vacinação. Se o desconforto persistir, pode fazer-se uma ligeira massagem local ou aplicar um pouco de gelo, sem fazer pressão. Os bebés podem ser amamentados enquanto estão a ser vacinados ou logo depois.

- Qual o intervalo que é necessário respeitar entre a administração de diferentes vacinas?
As raras situações em que se deve respeitar um intervalo mínimo de 4 semanas referem-se à administração de duas vacinas “vivas”, quando não são administradas no mesmo dia. Estas situações são bem conhecidas dos profissionais de saúde e não se aplicam ao esquema recomendado no Programa Nacional de Vacinação (PNV), que apenas inclui uma vacina “viva” (VASPR aos 12 meses e aos 5 anos, para o sarampo).
Os intervalos entre as doses de vacinas recomendados no PNV permitem a aquisição de protecção contra o maior número de doenças o mais precocemente possível.

- O meu bebé é prematuro. Quando é que ele poderá ser vacinado?
Os bebés prematuros têm menos anticorpos recebidos da mãe através da placenta do que as crianças nascidas com um tempo de gravidez normal. Deste modo, as doenças podem ser mais graves nesses bebés, sendo que a vacinação não deve ser adiada. A única exceção é a vacina contra a hepatite B, que deverá ser dada ao fim do 1º mês de vida ou quando o bebé atingir os 2 quilos (o que se verificar primeiro).
A vacina BCG (para prevenção da tuberculose) só pode ser administrada a bebés prematuros pertencentes a grupos de risco quando a criança atingir os 2 quilos de peso.

- Ao fim de quanto tempo após levar uma vacina é que se fica protegido?
O tempo até se atingir a protecção contra a doença depende da vacina. Para algumas vacinas, como é o caso da difteria, tétano e tosse convulsa, são necessárias 3 doses em intervalos recomendados para se considerar que existe protecção completa contra essas doenças. São também necessários reforços regulares para a manutenção da protecção ao longo do tempo.
Mesmo nas vacinas que necessitam de várias doses, após cada administração já poderá haver alguma protecção (incompleta), que surge geralmente 2 semanas ou mais após cada dose.

- Onde me posso vacinar?
A vacinação é efectuada no seu centro de saúde. Se estiver deslocado, quer em férias ou a viver longe do seu centro de saúde, deve dirigir-se ao centro de saúde mais próximo para a vacinação.
A Vacinação é um tema vasto e constantemente em estudo. O mais importante neste tema é o facto da importância de realizar as vacinas presentes no Plano Nacional de Vacinação para que fiquem protegidos. Cuide de si. Cuide da sua saúde.


Apresentação Joana Franco

Chamo-me Joana Franco, tenho 32 anos, e sou natural de Geraldes, aldeia pertencente ao Concelho de Peniche.
Enfermeira de Profissão, terminei o Curso de Licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem de Francisco Gentil, em Lisboa, no ano de 2010.
Nos anos mais recentes abracei desafios noutros países, nomeadamente Dubai onde fiz parte um projecto na área de Turismo, e em Inglaterra, onde trabalhei como Enfermeira em “Nursing Homes”, a cuidar de Pessoas com Demência.
Em Portugal, demonstrei o meu trabalho como Enfermeira no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Hospital Júlio de Matos e, actualmente, trabalho na Clínica Psiquiátrica de Lisboa, em Telheiras.
Sou uma pessoa que aceita novas aventuras e, como tal, aceitei o convite de escrever para o Blog ‘Cultura e não Só’, em que apresento novos pontos de vista e dicas para tornar melhor a saúde do leitor.