No âmbito da exposição patente na galeria da Bedeteca da Amadora sobre Charlie Hebdo, intitulada Estúpidos, maldosos e semanais. Uma constelação em torno de Charlie Hebdo. Será apresentado Pequeno Tratado da Intolerância, de Charb, publicado há poucas semanas pela Bertrand Editora. O livro será apresentado por Nuno Ramos de Almeida, editor executivo do jornal i.
Se detesta bilhetes microscópicos de teatro, bolsas de marca caras e feias,
etiquetas que dizem «bebé a bordo», empregados de café relutantes em
servir um copo de água, as pessoas que usam a expressão «a partir de
hoje», surfistas, provérbios ou árbitros de futebol, as novas fatwas de Charb
vão oferecer-lhe uma vingança deliciosa. Uma ode hilariante à intolerância
das pessoas e da sociedade.
Esta edição junta os dois volumes (o primeiro deles com ilustrações) das
Fatwas de Charb publicados em França em 2010 e 2014, e está organizada
por pequenas irritações e ódios de estimação (Morte aos Teóricos do Riso!
Morte aos Tatuados! Morte ao 3D! Morte aos Peluches!) em que o autor,
partindo de uma observação quase microscópica do quotidiano, dá largas ao
seu sarcasmo.
«Morte aos leitores de jornais gratuitos! Eles correm para ele, arrancam-no
das mãos do pobre tipo de blusão com uma sigla que o distribui à entrada do
metro. Todos querem um exemplar do jornal gratuito, atrás do qual vão
esconder a cara suja durante o tempo que durar o trajecto até ao trabalho.
Eles não leem os jornais gratuitos para se informarem ou mesmo para terem
a ilusão de estarem informados; eles leem-nos porque… são grátis.»