quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Marafona edita álbum "Está Dito" a 4 de Março


A Marafona anuncia e afirma o seu “Está Dito”. Após a edição do EP “Tia Miséria”, considerado entre os melhores da world music portuguesa de 2014, em menos de um ano e meio depois segue-se  o lançamento do primeiro álbum  previsto para 4 de Março de 2016 nas lojas.

“Está Dito” é um disco ambivalente, que se estende entre o passado e o presente, que se afirma como uma chegada e uma partida. Antes de ouvir o disco temos de nos preparar para uma viagem singular, de canção para canção, com o desafio de desenlear da abordagem vibrante da Marafona a inspiração na raiz popular portuguesa, tomando o gosto aos pós do corridinho, da chula, do vira, da cantiga de embalar, do fado, da canção de Coimbra, da mazurca, da marcha, da alvorada transmontana e da valsa.

Em verdade, este é um disco de canções-retrato seja de personagens vilanescas, do amor Bocagiano, da Marafona de Monsanto a descobrir as faustuosas marchas de Lisboa, das histórias do dia-a-dia e do que mais inquieta.

A Marafona, é um quinteto que une um coro de vozes à voz grave e intensa de Artur Serra, assim como cruza os instrumentos de cordas e percussões da tradição portuguesa como as trancanholas, o cavaquinho, a guitarra portuguesa ou a viola campaniça de Gonçalo Almeida, os bombos e o adufe de Ian Carlo Mendoza, a instrumentos mais clássicos como o contrabaixo de Cláudio Cruz e a viola de Daniel Sousa.

A premissa destes músicos é a de criar e recriar, fazer canções originais com pontos de partida mas sem atilhos, abraçar a linguagem popular e a linguagem contemporânea resultando na sonoridade que apelidam de “MP3 a válvulas”.

“Está Dito” é um disco com a chancela da Editora PontoZurca (Aline Frazão, Melech Mechaya, entre outros), produzido por Sérgio Milhano e pela Marafona, masterizado nos estúdios Uwe Teichert’s Mastering Studio (BEL) (Yann Tiersen, dEUS, Placebo, entre outros).
Conta ainda nas ilustrações com o trabalho de Catarina Sobral e com a participação especial de  Ana Bacalhau (Deolinda) e da Mitó (Naifa) na canção “A improvável toponímia da Marcha Popular, assim como de  Luís Peixoto (Júlio Pereira, Sebastião Antunes Trio), no tema “Traz Paz”, com a sanfona.

As canções são originais de Artur Serra e de Daniel Sousa, encontrando um tema da autoria de Pedro da Silva Martins (“Chovesse do Tinto” – música&letra) e outro de José Oliveira (“Corridinho das Comadres” – música, com letra de Artur Serra).

Biografia

Esta boneca de trapos, a MARAFONA, nasceu em Janeiro de 2014 juntando quatro músicos e um cantautor.  Sob o seu signo cruzam-se as velhas memórias com a cultura moderna, numa reflexão critica sobre a música portuguesa.
O ponto de partida é a portugalidade mas depois surgem as influências de cada músico ampliando o espectro da sua sonoridade à World Music.

Em Junho de 2014 realiza a edição de autor do EP ”Tia Miséria”, apontado pela crítica como um dos melhores da world music desse ano. As suas canções chegam não só a rádios portuguesas como a rádios espanholas, nestas últimas por casualidade.

Desde essa data, no espaço de um ano e meio, começa o périplo pelos cafés-concerto, os pequenos festivais de música portuguesa, passa para os auditórios e alcança festivais como a Festa do Avante ou o Sons do Atlântico, onde a par do fadista Camané representam Portugal entre outras bandas internacionais.

Em Novembro de 2015 fecham a porta à itenerância para se dedicaram exclusivamente à realização do primeiro álbum da banda, o “Está Dito”.