quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Novidades Temas e Debates



Com o início do ano chegam também as novidades da Temas e Debates. Em destaque, os livros do primeiro trimestre que não vai querer perder.

Janeiro inicia-se com o lançamento de «A Europa Ao Espelho de Portugal», da autoria do historiador e especialista dos mitos na cultura portuguesa José Eduardo Franco, com prefácio do físico, professor universitário e ensaísta Carlos Fiolhais. Neste livro, que percorre toda a história de Portugal, são analisados os mitos que fomos construindo a respeito do continente que integramos. «É nossa condição irrenunciável sermos europeus, pois a Europa é a nossa matriz geográfica e cultural. Neste globo, que ajudámos a encurtar, a geografia sempre foi condicionante da cultura.

A Europa é, para nós, um facto. Mas a Europa, para além de facto, por vezes mais próximo e outras mais distante, sempre foi um mito» (adaptado do prefácio).



Em meados de Fevereiro chega às livrarias portuguesas «A Arte da Lógica num Mundo Ilógico». A matemática Eugenia Cheng explica, nesta obra, como dar sentido a um mundo que não o tem, atirando uma boia de salvação aos leitores que se sentem afogar na ilógica da vida contemporânea, onde fake news alteram os resultados das eleições. A lógica é por vezes presa da emoção, motivo pelo qual a autora admite continuar a ter medo de viajar de avião e a comer mais bolachas do que devia. Se um matemático não pode ser lógico, que fará o comum dos mortais? Este livro revela os mecanismos internos e as limitações da lógica, e explica porque é vital a alógica – por exemplo, a emoção –  para o modo como pensamos e comunicamos. Mostra-nos como usar a lógica e a alógica em conjunto para navegar num mundo inundado de intolerância, sexismo e memes manipuladores. Um guia prático e inspirador para descodificar o mundo moderno.



«Rockonomics» é outra das novidades do mês de Fevereiro. Alan B. Krueger, que chefiou o Conselho Económico do Presidente dos EUA, serve-se da indústria da música, desde artistas rock a executivos do mundo da música, de agentes a promotores, para explicar os princípios da economia e as forças que modelam a nossa vida económica. Os economistas reconhecem que, com frequência, a indústria da música é um bom indicador do estado da economia; é uma das primeiras a serem afetadas pela inovação tecnológica, e a análise da forma como os músicos compõem e vendem novas canções e como planeiam digressões mostra-nos o que aguarda as empresas e os funcionários de outras indústrias que se esforçam por se adaptar. O autor leva-nos numa verdadeira visita guiada pelos bastidores da indústria da música, onde cria uma metáfora brilhante da nossa economia.



Ainda em Fevereiro, mas já no final do mês, «Narrativas dos Livros de Linhagens», de José Mattoso, consiste em  trechos narrativos inseridos nos livros de linhagens medievais, que celebravam feitos memoráveis, quer para os descendentes de heróis quer para a classe nobre em geral, numa combinação de história e fantasia. As narrativas dos livros de linhagens, agrupadas neste livro pela origem geográfica das tradições familiares que representam – castelhanas, galegas e portuguesas –, são trechos curtos transmitidos juntamente com outras tradições familiares, podendo revestir a forma de contos, de anedotas baseadas em episódios burlescos, de «exemplos», de «memórias», de crenças míticas ou de acontecimentos dramáticos, contendo tanto acções de sentido positivo, como de sentido
negativo. 

Já em Março, será publicado «Uma História da Maçonaria em Portugal (1727-1986)», de António Ventura. A caminho de quase três séculos de Maçonaria em Portugal, a sua história confunde-se com a história do nosso país.
Por entre anátemas e elogios cegos, importa desbravar a floresta de enganos, positivos e negativos, que rodeia a Maçonaria. Formada por homens, ela contém, como qualquer instituição humana, qualidades e defeitos, sombras e claridades, exemplos a apontar e erros a denunciar. Poucas organizações suscitaram tanta polémica entre nós como a maçonaria e este é um livro que pretende proporcionar uma panorâmica cronológica daquela organização, privilegiando a vertente histórica, as diferentes fases por que tem passado, as personalidades que mais a marcaram.