quinta-feira, 23 de março de 2023

Estreias de cinema de 23 de Março de 2023



Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:



John Wick: Capítulo 4

John Wick (Keanu Reeves) criou fama no submundo do crime pelas suas capacidade de surpreender os inimigos e pelos métodos pouco ortodoxos de fazê-los dizer a verdade. Quando descobriu que a mulher tinha um cancro em fase terminal, abandonou tudo para poder dedicar-lhe toda a atenção. Mas após algum tempo na sombra, deparou-se com um adversário à altura: Marquis de Gramont, que tem como objectivo eliminá-lo. Com um certo prazer no risco, e com muito pouco a perder, Wick volta a ser a impiedosa máquina de matar que o mundo dos marginais em tempos conheceu. 
Um "thriller" de acção novamente assinado por Chad Stahelski, segundo um argumento de Derek Kolstad, Shay Hatten e Michael Finch, que continua a história iniciada em "John Wick" (2014) e continuada em "John Wick 2" (2017) e  "John Wick 3" (2019). Com Reeves a encarnar a personagem principal, o elenco conta ainda com Donnie Yen, Laurence Fishburne, Hiroyuki Sanada, Shamier Anderson, Lance Reddick, Rina Sawayama, Scott Adkins, Bill Skarsgård e Ian McShane.



As Bestas

Para fugir da agitação das suas vidas em França, Antoine e Olga compraram uma casa de campo numa pequena aldeia da Galiza (Espanha). Nesse lugar para eles tão especial, levam uma vida próxima da natureza, cuidando da horta e recuperando casas em ruínas com o intuito de para ali trazer mais pessoas. Mas essa tranquilidade termina quando se vêem envolvidos numa desavença com dois irmãos da vizinhança. E o que prometia ser uma vida simples e aprazível rapidamente se transforma num inferno. 
Realizado e escrito por Rodrigo Sorogoyen (“Que Dios Nos Perdone”, “El reino”), um “thriller” psicológico que percorreu vários festivais de cinema, entre eles o de Cannes, San Sebastián, Tóquio e Chicago. Nomeado para 17 Prémios Goya (Espanha), “As Bestas” venceu em nove categorias – entre elas o de melhor filme, realizador, argumento original e actor principal (Denis Ménochet). Foi também merecedor do César (França) de melhor filme estrangeiro. A história inspira-se em eventos reais que envolveram Margo Pool e Martin Verfondern, um casal alemão que se mudou para a aldeia de Santoalla, Galiza. Para além de Ménochet, o elenco conta também com Marina Foïs, Luis Zahera, Diego Anido e Marie Colomb. 



Justiça para Emmett Till

Em 1955, Emmett Till, um jovem afro-americano de 14 anos, saiu de sua casa em Chicago (Illinois) para visitar a família, que vivia no estado do Mississípi. Lá, quando estava numa loja com os primos, foi acusado de desrespeito por Carolyn Bryant, uma mulher branca. Esse incidente espalhou-se rapidamente e fez com que mais tarde Emmett fosse capturado por Roy Bryant e J.W. Milam, que o espancaram e atiraram ao rio Tallahatchie. Alguns dias depois, Mamie Till-Mobley, a mãe, receberia o seu corpo em Chicago, completamente desfigurado e já em processo de decomposição devido à violência das agressões. Revoltada mas determinada a transformar aquela morte num momento de viragem, Mamie fez-lhe um funeral com o caixão aberto para que todos pudessem ver o que lhe tinha sido feito. A comunicação social cobriu a história, chocando a opinião pública. A 23 de Setembro do mesmo ano, numa sessão de pouco mais de uma hora, o júri absolveu os agressores. A sentença causou uma enorme indignação a nível nacional, chamando a atenção para a brutalidade e injustiça do racismo, impulsionando movimentos a favor dos direitos da população afro-americana. 
Com argumento e realização de Chinonye Chukwu (“The Dance Lesson”, “Clemência”), um drama sobre a história real de Emmett Till e da corajosa Mamie Till-Mobley, que transformou o seu desgosto num importante momento de reflexão e esperança no futuro.