Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:
Dungeons e Dragons: Honra Entre Ladrões
A fantasia medieval é o mote deste filme que adapta os jogos RPG (“role playing game”) que nasceram com este nome nos Estados Unidos em 1974, onde cada jogador assume a pele de uma personagem e vive aventuras num mundo de fantasia. A acção desenrola-se num universo onde os humanos se misturam com dragões, elfos, orcs e outras criaturas mágicas. Os magos são os grandes detentores dos poderes sobrenaturais, que alguns usam ao serviço do Mal para escravizar a população. Neste mundo, onde o humor, a fantasia e a aventura se misturam na perfeição, o bardo Edgin Darvis e os seus companheiros, vêem-se a braços com a perigosa missão de recuperar uma relíquia antiga com poderes sobrenaturais.
A realização é da responsabilidade de Jonathan Goldstein e John Francis Daley, que escreveram o argumento em parceria com Michael Gilio. Chris Pine, Michelle Rodriguez, Regé-Jean Page, Justice Smith, Sophia Lillis, Hugh Grant, Daisy Head e Chloe Coleman dão vida aos aventureiros.
Querida, Alice
Há já vários anos que, sem que ninguém desconfie, Alice vive uma relação abusiva com Simon. Apesar das constantes declarações de amor e das supostas provas de afecto, aos poucos ele foi-lhe destruindo a auto estima e qualquer réstia de autonomia. Ao mesmo tempo, ela foi-se afastando da sua rede de apoio, isolando-se na relação a dois. Um dia, num raro encontro com Tess e Sophie, duas amigas de longa data, Alice é convidada para um fim-de-semana só de raparigas numa pequena cabana junto a um lago. Receosa de contar a verdade ao namorado e causar mais uma discussão, Alice decide mentir-lhe e dizer que tem uma viagem de trabalho. Os dias passam-se sem sobressaltos até ao momento em que ele aparece sem avisar.
Um “thriller” psicológico sobre violência doméstica, com argumento de Alanna Francis, que marca a estreia em realização da actriz Mary Nighy. Anna Kendrick, Kaniehtiio Horn, Charlie Carrick e Wunmi Mosaku dão vida às personagens.
Emily
Emily Jane Brontë nasceu em Thornton, Inglaterra, a 30 de julho de 1818. De personalidade delicada e com alguma tendência para o isolamento, desde muito cedo que revelou uma grande sensibilidade artística. Em 1847, um ano antes da sua morte, publicou “O Monte dos Vendavais”, o seu primeiro e único romance, sob o pseudónimo masculino Ellis Bell. Apesar de, a princípio, a crítica não lhe ter sido muito favorável, teve grande aceitação dos leitores da época e o amor autodestrutivo entre Heathcliff e Catherine e não tardou a transformar-se num dos mais celebrados da literatura – e posteriormente do Cinema, particularmente com as versões de A. V. Bramble em 1920 (com Milton Rosmer e Colette Brettel como protagonistas), William Wyler em 1939 (com Laurence Olivier e Merle Oberon) e de Peter Kosminsky em 1992 (com Ralph Fiennes e Juliette Binoche).
Este drama biográfico, estreado internacionalmente no Festival de Cinema de Toronto, cruza factos reais e ficcionais para contar alguns momentos mais marcantes da vida desta misteriosa figura da literatura. A realização e argumento coube à actriz canadiana Frances O'Connor, que aqui se estreia atrás das câmaras. Como Emma Mackey a dar corpo à protagonista, o elenco conta ainda com a participação de Fionn Whitehead, Oliver Jackson-Cohen, Alexandra Dowling, Amelia Gething, Adrian Dunbar e Gemma Jones, entre outros.