Uma Furtiva
Lágrima é o novo livro da autora brasileira Nélida
Piñon, que chega hoje às livrarias portuguesas. Este livro, que reúne pensamentos, reflexões,
memórias, aforismos e confissões, é o primeiro
publicado após a autora ter sido distinguida com
o Prémio Vergílio Ferreira 2019. Uma Furtiva Lágrima trata-se de uma narrativa
de impressões sobre a vida e a morte, sobre as
relações humanas, o amor, a paixão, a pertença,
num exercício literário de rara beleza.
O lançamento do livro terá lugar no dia 20 de
fevereiro, às 17h00, na Sala dos Atos do CineTeatro Garrett, na Póvoa de Varzim, integrado no
festival literário Correntes d’Escritas. Será
apresentado pela igualmente escritora Leonor
Xavier.
Segundo a autora, «Escrever é o que sei fazer.
Narrar me insere na corrente sanguínea do
humano e me assegura que assim prossigo na
contagem dos minutos da vida alheia. Pois nada
deve ser esquecido, deixado ao relento. Há que
pinçar a história dos sentimentos a partir da
perplexidade sentida pelo homem que na solidão
da caverna acendeu o primeiro fogo.»
Nélida Piñon, de 81 anos, tem a sua extensa
produção literária traduzida em diversas línguas, tendo sido distinguida com numerosos galardões ao longo da sua
carreira de escritora.
Sobre a Autora
Nélida Piñon nasceu em 1937 no Rio de Janeiro, numa família originária da Galiza.
Formou-se em Jornalismo em 1956 na Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro. Colaborou em vários jornais e revistas literários e foi correspondente no
Brasil da revista Mundo Nuevo, de Paris. Publicou o seu primeiro romance, Guia-Mapa
de Gabriel Arcanjo, em 1961. Professora catedrática da Universidade de Miami desde
1990 e doutor honoris causa das universidades de Santiago de Compostela, Rutgers e
Montreal, entre outras, foi a primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de
Letras em 1996. Desde 2004 é membro da Academia das Ciências de Lisboa. A sua
extensa produção literária, traduzida em diversas línguas, foi distinguida com numerosos galardões, entre os quais
o Prémio Walmap (1969) pela novela Fundador; o Prémio Mário de Andrade (1972) por A Casa da Paixão; o Prémio
Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe (México, 1995); o Prémio da Associação
Paulista dos Críticos de Arte e o Prémio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance A República dos Sonhos; o
Prémio Iberoamericano de Narrativa Jorge Isaacs (Colômbia, 2001); o Prémio Rosalía de Castro (Espanha, 2002); o
Prémio Internacional Menéndez Pelayo (Espanha, 2003); o Prémio Jabuti para o melhor romance (Brasil, 2005) por
Vozes do Deserto; e o Prémio Literário Casa de las Americas (Cuba, 2010) por Aprendiz de Homero. Em 2005
recebeu o importante Prémio Príncipe de Astúrias das Letras pelo conjunto da sua obra, o primeiro escritor de
língua portuguesa a consegui-lo. Em 2015, recebeu o Prémio El Ojo Crítico Iberoamericano, concedido pela Rádio
Nacional de Espanha. Nélida Piñon é a vencedora do Prémio Vergílio Ferreira 2019.