sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Uma Furtiva Lágrima é o novo livro de Nélida Piñon



Uma Furtiva Lágrima é o novo livro da autora brasileira Nélida Piñon, que chega hoje às livrarias portuguesas. Este livro, que reúne pensamentos, reflexões, memórias, aforismos e confissões, é o primeiro publicado após a autora ter sido distinguida com o Prémio Vergílio Ferreira 2019. Uma Furtiva Lágrima trata-se de uma narrativa de impressões sobre a vida e a morte, sobre as relações humanas, o amor, a paixão, a pertença, num exercício literário de rara beleza. 

O lançamento do livro terá lugar no dia 20 de fevereiro, às 17h00, na Sala dos Atos do CineTeatro Garrett, na Póvoa de Varzim, integrado no festival literário Correntes d’Escritas. Será apresentado pela igualmente escritora Leonor Xavier. 

Segundo a autora, «Escrever é o que sei fazer. Narrar me insere na corrente sanguínea do humano e me assegura que assim prossigo na contagem dos minutos da vida alheia. Pois nada deve ser esquecido, deixado ao relento. Há que pinçar a história dos sentimentos a partir da perplexidade sentida pelo homem que na solidão da caverna acendeu o primeiro fogo.» 
Nélida Piñon, de 81 anos, tem a sua extensa produção literária traduzida em diversas línguas, tendo sido distinguida com numerosos galardões ao longo da sua carreira de escritora.

Sobre a Autora

Nélida Piñon nasceu em 1937 no Rio de Janeiro, numa família originária da Galiza. Formou-se em Jornalismo em 1956 na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Colaborou em vários jornais e revistas literários e foi correspondente no Brasil da revista Mundo Nuevo, de Paris. Publicou o seu primeiro romance, Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo, em 1961. Professora catedrática da Universidade de Miami desde 1990 e doutor honoris causa das universidades de Santiago de Compostela, Rutgers e Montreal, entre outras, foi a primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de Letras em 1996. Desde 2004 é membro da Academia das Ciências de Lisboa. A sua extensa produção literária, traduzida em diversas línguas, foi distinguida com numerosos galardões, entre os quais o Prémio Walmap (1969) pela novela Fundador; o Prémio Mário de Andrade (1972) por A Casa da Paixão; o Prémio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe (México, 1995); o Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte e o Prémio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance A República dos Sonhos; o Prémio Iberoamericano de Narrativa Jorge Isaacs (Colômbia, 2001); o Prémio Rosalía de Castro (Espanha, 2002); o Prémio Internacional Menéndez Pelayo (Espanha, 2003); o Prémio Jabuti para o melhor romance (Brasil, 2005) por Vozes do Deserto; e o Prémio Literário Casa de las Americas (Cuba, 2010) por Aprendiz de Homero. Em 2005 recebeu o importante Prémio Príncipe de Astúrias das Letras pelo conjunto da sua obra, o primeiro escritor de língua portuguesa a consegui-lo. Em 2015, recebeu o Prémio El Ojo Crítico Iberoamericano, concedido pela Rádio Nacional de Espanha. Nélida Piñon é a vencedora do Prémio Vergílio Ferreira 2019.