terça-feira, 3 de novembro de 2020

Crónica de Saúde - Joana Franco

Os sintomas da depressão em geral desenvolvem-se gradualmente ao longo de dias ou  de semanas e podem variar muito. Por exemplo, uma pessoa que pode encontrar-se depressiva pode ter um comportamento apático e triste ou irritável e ansioso.

Muitas pessoas com depressão não conseguem sentir emoções – incluindo luto, alegria e prazer – de forma normal. O mundo parece ter menos cores e menos vida. A pessoa perde o interesse ou o prazer em atividades de que costumava gostar anteriormente.

É possível que a pessoa deprimida esteja preocupada com intensos sentimentos de culpa e autodestrutivos e talvez não consiga concentrar-se. Ela pode ter sentimentos de desespero, solidão e inutilidade. Essas pessoas costumam ficar indecisas e retraídas, ter uma sensação progressiva de desamparo e de falta de esperança e pensar na morte e no suicídio.

A maior parte das pessoas deprimidas tem dificuldade para adormecer e acordam muitas vezes. Algumas pessoas com depressão dormem mais que o habitual.

A falta de apetite e a perda de peso podem existir e, no caso das mulheres, é possível que ocorra interrupção na menstruação. No entanto, a alimentação excessiva e o aumento de peso são comuns em pessoas com depressão, dita, leve.

Algumas pessoas deprimidas negligenciam a higiene pessoal, os seus filhos, outros failiares ou animais de estimação. Outros queixam-se de ter uma doença orgânica, com diferente sintomatologia e dores no corpo, de caráter geral.

O termo “depressão” é utilizado para descrever vários tipos:

Depressão Major

Doença Depressiva Recorrente

Transtorno Disfórico Pré-menstrual


Depressão Major

A pessoa com Depressão grave fica deprimida na maior parte do dia por, no mínimo, duas semanas. Pode dar a impressão de estar a sentir-se sempre infeliz. Os olhos podem ficar cheios de lágrimas, as sobrancelhas podem estar franzidas e os cantos da boca podem estar voltados para baixo. É possível que a pessoa se sinta desanimada e evite o contato visual. É possível que, praticamente, não se mobilize, mostre pouca expressão facial e converse de forma monocórdica.

Doença Depressiva Recorrente

Uma pessoa com doença depressiva recorrente fica deprimida a maior parte do tempo por dois anos ou mais.

Os sintomas começam de modo gradual, frequentemente durante a adolescência, e podem durar anos ou décadas. A quantidade de sintomas presentes concomitantemente varia e, às vezes, os sintomas são mais leves que os da depressão grave.

A pessoa com este tipo de depressão pode estar triste, pessimista, descrente, sem sentido de humor e incapaz de se divertir. Algumas são passivas, sem energia e introvertidas. Reclamam constantemente, criticam os outros e criticam-se a si próprios constantemente. Habitualmente, preocupam-se com o fracasso e com acontecimentos negativos. Muitas vezes, sente que merecem tudo o que lhes acontece de negativo e sentem que não vale a pena continuar a lutar. Não encontram motivação nem esperança em nada do que lhes acontece na vida.

Para a semana vamos terminar de abordar a sintomatologia nos diferentes tipos de Depressão.

Vamos, posteriormente, continuar a abordar este tema nas próximas semanas, que é tão atual e que causa tantas dúvidas.

Até para a semana. Cuidem sempre da vossa saúde. Da vossa e da dos que os rodeiam. Procure ajuda especializada quando necessário, sem preconceito. 

Uma boa semana para todos.


Apresentação Joana Franco

Chamo-me Joana Franco, tenho 32 anos, e sou natural de Geraldes, aldeia pertencente ao Concelho de Peniche.

Enfermeira de Profissão, terminei o Curso de Licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem de Francisco Gentil, em Lisboa, no ano de 2010.

Nos anos mais recentes abracei desafios noutros países, nomeadamente Dubai onde fiz parte um projecto na área de Turismo, e em Inglaterra, onde trabalhei como Enfermeira em “Nursing Homes”, a cuidar de Pessoas com Demência.

Em Portugal, demonstrei o meu trabalho como Enfermeira no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Hospital Júlio de Matos e, actualmente, trabalho na Clínica Psiquiátrica de Lisboa, em Telheiras.

Sou uma pessoa que aceita novas aventuras e, como tal, aceitei o convite de escrever para o Blog ‘Cultura e não Só’, em que apresento novos pontos de vista e dicas para tornar melhor a saúde do leitor.