segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Mário Assis Ferreira reuniu ilustres personalidades no lançamento de “Egoísta - mas não só”


Foi no El Corte Inglés, perante uma sala repleta de familiares e amigos, onde se identificavam ilustres personalidades de relevo da sociedade portuguesa, que Mário Assis Ferreira lançou o livro “Egoísta - mas não só”, editado pela Gradiva. A sessão de lançamento foi apresentada por Guilherme d’Oliveira Martins, Director do Centro Nacional de Cultura; Helena Rafael, em representação da Gradiva; e Daniel Gouveia, a quem coube a revisão da obra.

Na apresentação do livro, Guilherme d’Oliveira Martins dirigiu algumas palavras de reconhecimento e louvor ao autor, realçando “o génio e a criatividade, bem evidentes na revista “Egoísta”. “A palavra “Egoísta” não tem, no sentido que lhe é dado na revista que Mário Assis Ferreira tem animado e dirigido com paixão, uma outra acepção que não seja a de dar valor à singularidade da pessoa humana, em lugar do seu isolamento e da sua indiferença”, sublinhou.

Guilherme d’Oliveira Martins refere, ainda, que “Mário Assis Ferreira é, antes de tudo, um homem generoso, aberto, disponível, para quem a inteligência é a capacidade de compreender os limites e de não estarmos sós. Daí “Egoísta- mas não só”. Os horizontes são múltiplos. E perante os leitores sucedem-se os temas na extraordinária colecção da revista”. 

“Os textos que aqui se reúnem constituem um desafio à reflexão para além das aparências. E se nos lembrarmos de duas presenças muito caras ao autor, Agustina Bessa-Luís e Vasco Graça Moura, podemos perceber que é a procura do talento e do génio que animam a sua paixão pela vida e pela literatura”, conclui.


Mário Assis Ferreira congratulou-se por a sua obra constituir uma homenagem à revista “Egoísta” lançada, em 2000, pela Estoril Sol. “No que diz respeito à intemporal permanência das ideias vertidas sobre a múltipla transversalidade de temas que a “Egoísta” abordou, “melhor ou pior, o Leitor saberá julgar”, adianta o autor. “Mas, sempre me restará o orgulho de ser Director e de ter escrito para todas as edições de uma “Revista de Culto” que, graças ao Conselho de Administração da Estoril Sol, à dedicação da sua editora, Patrícia Reis, à imaginação do “designer”, Henrique Cayatte e ao labor de uma equipa criativa foi consagrada com 70 prémios, nacionais e internacionais, − mais que o número das suas 61 edições!”.

O autor terminou, confessando que “cada escrito é a decantação de uma experiência vivida, de uma alegria celebrada, de uma lágrima contida. Afinal, uma autobiografia de sentimentos, um roteiro de emoções…Talvez porque tenha sido o coração a escrever e a razão a temperar. Talvez por dizer, pensando, o que seria fácil dizer sem pensar”.

Por sua vez Daniel Gouveia disse que “foi um privilégio fazer a revisão desta obra”, da autoria de “um amigo de longa data com quem vivi momentos memoráveis na adolescência e juventude” e partilhou, ainda, com a assistência memórias sobre os tempos do grupo musical Quinteto Académico, nomeadamente, sobre as inesquecíveis digressões que ambos fizeram.
Em representação da editora Gradiva, Helena Rafael congratulou-se com lançamento desta “obra singular que celebra os 15 anos da revista “Egoísta” e recordou, ainda, o êxito do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, uma parceira que a Gradiva mantém, desde 2008, com a Estoril Sol.

Perante uma sala cheia, a cerimónia de lançamento de “Egoísta - mas não só” culminou com uma sessão de autógrafos de Mário Assis Ferreira.