A primeira exposição anual de fotojornalismo no concelho, o Sintra Press Photo inaugura no dia 10 de Outubro no MU.SA(Museu das Artes de Sintra), em Sintra, sob a temática "Conflito".
Com o objectivo de homenagear e aproximar o público do olhar do repórter de guerra, esta iniciativa exibe o trabalho de três fotojornalistas internacionais, cuja missão é relatar factos e documentar testemunhos históricos, promovendo assim uma consciencialização da opinião pública: Manu Brabo, Paulo Nunes dos Santos e Ross McDonnell.
Durante a inauguração, o Sintra Press Photo promove um encontro com os fotógrafos convidados. Manu Brabo, Paulo Nunes dos Santos e Ross McDonnell irão brindar os presentes com uma conversa sobre o que é ser repórter de guerra na actualidade, partilhando as suas experiências profissionais. O encontro será moderado pelo jornalista Ricardo Alexandre, responsável pelo programa "Visão Global" da Antena 1.
Para a organização, o Sintra Press Photo contribui para a diversidade e riqueza das ofertas culturais do concelho de Sintra. Este é um evento organizado pela União das Freguesias de Sintra e a Reflexo Associação Cultural e Teatral e conta com o apoio da Câmara Municipal de Sintra.
Sobre os fotógrafos
Vencedor, entre muitos outros prémios, do Pulitzer Prize Breaking News Photography, em 2013, Manu Brabo é um fotojornalista espanhol, cujo trabalho incide principalmente nas situações de conflito social pelo mundo fora. Desde 2007 tem trabalhado a temática do impacto dos desastres naturais, mudanças políticas, revoluções e guerras em países como Honduras, Haiti, Bolívia, Kosovo, Líbia, Egipto, Síria, entre outros. Durante os últimos anos, Manu tem trabalhado para várias ONGs e agências internacionais de notícias como EPA ou The Associated Press e as suas fotografias tem sido publicados nos mais conceituados blogs, revistas e jornais.
O português Paulo Nunes dos Santos, que vive na Irlanda desde 2002, colabora regularmente com o semanário Expresso, Courrier Internacional, The New York Times, Le Monde, Al Jazeera e outras publicações internacionais. Especializou-se desde cedo na cobertura de conflitos armados, crises humanitárias e tensões político-sociais. Documentou extensivamente a Primavera Árabe desde o início da revolta no Egipto, passando pela revolução Líbia e pelo conflito na Síria. Acompanhou o nascimento do Sudão do Sul, o continuo conflito entre os rebeldes Nuba e as forças leais a Omar al-Bashir no Sudão do norte e presenciou o avanço das tropas francesas sobre o território ocupado por rebeldes islamitas no norte do Mali. Mais recentemente, tem seguido o desenrolar da crise ucraniana, desde os dias sangrentos da Praça Maidan ao conflito no leste do país.
Nascido em Dublin, Ross McDonnell tem visto o seu trabalho ser premiado, quer como fotógrafo, quer como realizador. As suas fotografias já foram publicadas na Revista Time, The New York Times, MSNB, The Sunday Times Magazine, Art in America, The Observer, Washington Post, The Fader, Time Out New York, Vice Magazine, The Irish Times, New York Magazine, Adbusters, Juxtapose, The Sunday Tribune, entre outros. Desenvolveu um projecto no Afeganistão focado nas cidades de Cabul e Mazaar-i-Shariff, nas Honduras sobre violência doméstica e igualdade de género e no norte do Quénia sobre o impacto das alterações climáticas nas comunidades tribais em África. O seu filme "Colony" foi laureado no International Documentary Film Festival Amsterdam com o Prémio 'First Appearance' Award para primeira longa-metragem.