quinta-feira, 24 de setembro de 2015

UAU investe 2 milhões de euros na recuperação doTeatro Tivoli BBVA


Depois da aquisição em Dezembro de 2012, a UAU continua a recuperar o Teatro Tivoli BBVA, num investimento que atinge os 2 milhões de euros. O teatro encontra-se a funcionar, estreando esta semana a peça Plaza Suite, com Alexandra Lencaste e Diogo Infante.

Nascido em 1924, pelo sonho de Frederico de Lima Mayer, o edifício actualmente designado por Cine Teatro Tivoli BBVA foi concebido segundo um projecto do arquitecto Raúl Lino e, na época, considerado a melhor sala do país. Polivalente, teve uma companhia de teatro residente (criada em 1925) e recebeu as mais prestigiadas companhias de dança e orquestras do mundo.

Muitos anos passaram e o edifício do Teatro Tivoli BBVA foi alvo de diversas tentativas de alteração, tendo sido sujeito às mais diferentes propostas para transformação em hotel ou espaço comercial. Porém, resistiu a tudo e manteve-se firme no seu propósito. Mesmo sofrendo com muitos maus tratos e relações indecorosas continuou a sua vida consagrada às artes e conseguiu manter-se de pé, numa afirmação de dedicação, com as portas abertas para produtores, artistas e público.

Em 2012, ganhou novo fôlego ao ser adquirido pela UAU que, pela intenção de o "devolver à cidade", mantém uma programação variada, capaz de satisfazer todos os públicos. No início de 2015, o Teatro Tivoli BBVA recebeu a merecida homenagem ao ser considerado Monumento de Interesse Nacional, passando a ser o único Monumento em Portugal, privado, dedicado às artes.

Há muito que todos sabiam que um edifício com mais de 90 anos teria que beneficiar de obras de recuperação, manutenção e adequação às exigências dos tempos modernos. Com um projecto de arquitectura e intervenção pensado no mais rigoroso respeito pelo espírito original do seu criador, liderado pelo arquitecto Flávio Tirone, a UAU abraçou o desafio de recuperar o Teatro Tivoli BBVA.

Ao investimento, superior a 2 milhões de Euros, exclusivamente privado, somam-se os contributos de muitas instituições, empresas e particulares, sem as quais este desiderato não seria realizável. BBVA, CIN, Sanitana, Siemens, Revigrés, LG e Nobilis são as empresas que responderam ao desafio da UAU e que ficarão definitivamente associadas ao projecto de recuperação deste Monumento Nacional. A Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Santo António compreenderam a importância desta aventura para a cidade e associaram-se no apoio à sua recuperação.

Entre as grandes intervenções ganham destaque a renovação das cadeiras da sala, os novos e modernos camarins, uma sala de ensaios, novos equipamentos de palco e um monta-cargas com acesso directo ao palco, instalações sanitárias condignas para o público e uma recuperação, já elogiada pelos técnicos, de toda a decoração, pinturas e madeiras originais. Mas, o edifício ganha também novas valências com a criação do novo espaço Café-Concerto, no 1º piso superior, com capacidade até 300 pessoas, a recuperação do lounge da Rua Manuel Jesus Coelho e a dedicação dos espaços do alçado da Avenida da Liberdade para o acolhimento de duas lojas de moda do mais elevado prestígio internacional.

Noventa anos depois de ter começado a carreira no mundo dos espectáculos, o Teatro Tivoli BBVA renasce para a cidade.