terça-feira, 27 de novembro de 2018

Ministra da Cultura entrega Prémios da Estoril Sol no Casino Estoril


Em cerimónia solene, agendada para amanhã, a partir das 18 horas, no Auditório do Casino Estoril, a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, entrega o Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural a Vitor Aguiar e Silva, bem como os Prémios Literários Fernando Namora e Agustina Bessa-Luis, instituídos pela Estoril Sol, e referentes a 2017, respectivamente, a Ana Cristina Silva e Rui Lage.

Nesta terceira edição do Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural, o Júri deliberou atribuir o galardão a Vitor Aguiar e Silva, escritor e poeta, camoniano reputado, professor catedrático da Universidade de Coimbra e antigo vice-reitor da Universidade do Minho. Lançado pela Estoril Sol, o Prémio, com periodicidade anual e no valor de 40 mil euros, constitui uma homenagem à memória de Vasco Graça Moura.

Da acta do Júri, presidido por Guilherme d`Oliveira Martins, ressalta que Vitor Aguiar e Silva é um “exemplo de cidadania cultural, que liga a dimensão didáctico-cientifica à pedagógica, com um percurso incomum nos domínios da Teoria Literária, instrumento fundamental na formação de gerações, da Literatura Portuguesa e na fixação e estudo de parte relevante da obra camoniana, num brilhante exercício de intervenção pública, quer pelo seu magistério universitário, quer pelas altas missões no campo da política da Língua e da Educação”.

Em relação à 20ª edição do Prémio Literário Fernando Namora, promovido pela Estoril Sol, com o valor pecuniário de 15 mil euros, o Júri distinguiu, por unanimidade, Ana Cristina Silva pelo romance “A noite não é eterna”.

Em acta, o Júri, presidido por Guilherme D ´Oliveira Martins, salientou no romance “A noite não é eterna”, tratar-se de “uma obra que se articula a partir da realidade social, politica e humana das crianças romenas, e das suas famílias, no período da ditadura de Nicolae Ceausescu”.

O Júri foi ainda sensível ao facto do romance vencedor ser “uma belíssima composição narrativa com linguagem sóbria e cuidada, que valoriza em particular a narrativa de um drama pungente, num quadro político sufocante e obsessivo. É uma história construída sobre os labirintos da tirania”.

Por sua vez, no que diz respeito à 10ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, com o valor de 10 mil euros, o Júri distinguiu, por unanimidade, Rui Lage com o seu primeiro romance “O Invisível”, que propõe uma abordagem ficcional do lado mais oculto de Fernando Pessoa.

Ao eleger “O Invisível”, o júri considerou tratar-se de “um romance com notável fulgor imaginativo” no qual “a figura histórica de Fernando Pessoa é tornada personagem de romance e colocada no centro de uma trama  de ficção muito original, que cruza criativamente referentes conhecidos da época e Cultura Pessoanas, particularmente a sua vertente ocultista e/ou esotérica”.

O Júri dos Prémios Literários da Estoril Sol, além de Guilherme d`Oliveira Martins, foi ainda constituído por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e, ainda, Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.

Por sua vez, o Júri que atribuiu o Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural, incluiu, ainda, José Carlos Seabra Pereira.