segunda-feira, 18 de março de 2019

Despedidas sem sofrimento


«A única coisa de que podemos ter a certeza é que só a morte é certa, para todos, sem exceção. Mas, antes que ela aconteça, podemos tentar fazer quase tudo.» Esta é uma verdade universal que, nas palavras de Margareta Magnusson, serve de mote para o livro A Arte Sueca de Deixar a Vida em Ordem. «Deixe-me ajudar a fazer com que as pessoas que o amam fiquem com boas memórias de si – em vez de más», escreve a autora, que diz, com humor e sabedoria escandinavos, ter «entre 80 e 100 anos».

«Quando comecei a arrumar a casa , encontrei mensagens presas a roupas e muitas outras coisas. Pequenas notas escritas à mão com instruções sobre o que se deveria fazer com todas as coisas. Alguns objetos estavam destinados a instituições de caridade. Alguns livros deveriam ser devolvidos aos seus donos. Um velho fato de montar a cavalo devia ir para o Museu de História, assim o afirmava uma nota presa por um alfinete numa das lapelas do casaco. Também constava o nome da pessoa com quem eu devia contactar no museu», explica Margareta Magnunsson, que nos explica o que é o döstädning.

Döstädning é uma espécie de arrumação doméstica, em que o dö significa «morte» e städning significa «limpeza». Um processo sueco para eliminar os pertences desnecessários – e que pode ser realizado em qualquer idade ou fase da vida, mas deve ser feito mais cedo do que tarde,
antes que os outros tenham de o fazer por nós.

O livro A Arte Sueca de Deixar a Vida em Ordem chegou às livrarias a 8 de Março, com ilustrações da autora e tradução de Miguel de Castro Henriques.

Sobre a Autora

Margareta Magnusson tem entre 80 e 100 anos. Formou-se em Estocolmo, na mais prestigiada escola de design do país. As suas obras estão espalhadas por galerias entre a capital sueca e Singapura, Hong Kong ou Londres. Este bestseller é o seu primeiro livro.